Tapestry of the new Saint (from L) Brazilian Dulce Lopes Pontes, Italian Giuseppina Vannini, English John Henry Newman, Indian Maria Teresa Chiramel Mankidiyan and Swiss Margarita Bays are displayed durint their Canonization Mass, on October 13, 2019 In Saint Peter's square at the Vatican. (Photo by Alberto PIZZOLI / AFP)
Às 10h34 (5h34 de Brasília) de domingo, 13, o papa Francisco oficialmente fez de Irmã Dulce, a Santa Dulce dos Pobres, a 37.ª personalidade brasileira canonizada pela Igreja Católica. Morta há 27 anos, trata-se agora da primeira santa nascida no País. E o pontífice destacou a necessidade de criar “santos do cotidiano”.
A cerimônia, na Praça São Pedro, reuniu cerca de 50 mil pessoas e fez outros quatro santos: um teólogo inglês, uma freira italiana, uma freira indiana e uma catequista suíça. Na homilia, o papa destacou o fato de que, dos cinco novos santos, três eram freiras. “Mostram que a vida religiosa é um caminho de amor nas periferias existenciais do mundo.”
“Em honra da Santíssima Trindade, pela exaltação da fé católica e para incremento da vida cristã, com a autoridade de Nosso Senhor Jesus Cristo, dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, e Nossa, depois de refletir por muito tempo, ter invocado a ajuda divina e ouvido a opinião de irmãos bispos, declaramos e definimos santos os beatos John Henry Newman, Giuseppina Vannini, Maria Teresa Chiramel Mankidiyan, Dulce Lopes Pontes (Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes) e Marguerite Bays, e os inscrevemos no registro dos santos, estabelecendo que em toda a Igreja eles sejam devotamente honrados entre os santos”, afirmou o papa, no momento solene, sob aplausos fervorosos.
Era visível o número de brasileiros entre os fiéis. Bandeiras do País e trajes verdes e amarelos podiam ser notados em todas as partes da praça. Em um dos momentos mais emocionantes da cerimônia, foi exibida uma relíquia de Irmã Dulce: um pedaço de osso de sua costela, incrustado em uma pedra de ametista. O músico José Maurício, considerado curado milagrosamente por graça de Santa Dulce, estava presente. Foi a recuperação de sua cegueira o milagre decisivo.
Repercussão
Além dos brasileiros, chamou a atenção a presença do príncipe Charles, herdeiro do trono britânico. A explicação é a canonização de Newman, um anglicano que se converteu ao catolicismo e virou cardeal. Charles escreve um ensaio sobre ele para o jornal vaticano L’Osservatore Romano. Ele elogiou o cardeal por acabar com as divisões e mostrar valentia ao seguir suas convicções. Trata-se do primeiro santo inglês, não mártir, desde a Reforma Protestante.
“É a santidade do cotidiano, a ela que se refere o santo cardeal Newman quando diz que o cristão tem uma paz profunda, silenciosa e escondida que o mundo não vê”, disse o papa na homilia. Francisco frisou, aliás, o caráter simples dos cinco novos santos. “Marguerite Bays era uma costureira e nos mostra como é potente a oração silenciosa”, disse. A lista inclui ainda duas freiras que fundaram congregações. “Aumenta o número de mulheres reconhecidas oficialmente pela Igreja como santas. Isso se encontra em perfeita sintonia com as posições que o papa Francisco tem tomado ultimamente, de palavra e de obra”, observa Maria Clara Bingemer, professora titular do Departamento de Teologia da PUC-Rio. “Sem cessar, ele tem sublinhado a importância da mulher para a vida da Igreja.”
Para os livros
Na hagiografia de Irmã Dulce consolidada pelo Vaticano, ela passa a ser apresentada como alguém que “desde a infância, se destacou por uma grande sensibilidade para com os pobres e necessitados”. “Sua caridade era maternal, carinhosa. A sua dedicação aos pobres tinha uma raiz sobrenatural e do Alto recebia forças e recursos para dar vida a uma maravilhosa atividade de serviços aos últimos.” O documento ainda destaca que, quando a freira morreu, já gozava de “fama de santidade”.
Os outros santos
– John Henry Newman: Convertido do anglicanismo, o cardeal foi fundador do Oratório de São Felipe Néri, na Inglaterra.
– Marguerite Bays: Virgem, Terciária da Ordem de São Francisco de Assis. Curada de forma inexplicável de um câncer em 8 de dezembro de 1854, teve muitas experiências místicas relatadas.
– Giuseppina Vannini: A fundadora das Filhas de São Camilo. O milagre que a levou à canonização envolve Arno Klauck, mestre de obras de Sinop (MT), que caiu do 3º andar enquanto colocava vigas de madeira e pediu sua intercessão.
– Maria Teresa Chiramel Mankidiyan: Fundadora da Congregação das Irmãs da Sagrada Família. Também está na lista dos santos com forte experiência mística.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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