HC tem aparelhos quebrados e espera por exames

Alguns exames no Hospital das Clínicas de Marília podem demorar meses ou até anos para serem realizados. O problema são alguns aparelhos quebrados para a realização de tomografias, ressonâncias, raios-x que envolvem contraste ou endoscopia.

A reportagem do Marília Notícia conversou com alguns pacientes e funcionários que confirmaram a demora e também a falta de medicamentos e materiais básicos, como luvas.

A estudante Daniela Cristina da Cunha Simeão, 23 anos, moradora do bairro Nova Almeida, na Zona Norte, espera há dois anos – desde que sua filha nasceu – uma tomografia.

“Minha menina nasceu em um dia e no outro teve convulsões. Ficou internada e o médico pediu uma ressonância. Até agora não consegui fazer, já desmarcaram umas quatro vezes faltando uma semana para a data. Disseram que o aparelho estava quebrado”, diz.

Outro caso é o da atendente Silvana Olivato, 55 anos, moradora do Jardim Marajó, que espera há seis meses por uma tomografia no joelho.

“Tenho um desgaste no joelho e o ortopedista pediu o exame. Disseram que iriam agendar e me ligariam. Ainda estou esperando”, fala.

FUNCIONÁRIO

Um funcionário que pediu para não ser identificado abriu o jogo para o Marília Notícia. De acordo com ele, a situação do HC é preocupante.

“Faltam remédios, desde os mais básicos até anestesias. Cirurgias já foram canceladas por esse motivo”, conta o funcionário.

De acordo com ele, até luvas estão em falta e o setor da lavanderia é outro que trabalha de forma precária.

“As roupas de cama voltam sujas de sangue, encardidas”, narra.

A reportagem procurou a assessoria de imprensa do HC para comentar a questão, mas ainda não houve resposta.

HOSPITAL

A assessoria de imprensa do HC rebateu as acusações. “Aos pacientes internados nos hospitais da Famema estão garantidos todos os recursos necessários para diagnóstico e tratamento”, disse em nota.

“E mais, não há falta de medicamentos. Na lavanderia, o serviço é executado por empresa terceirizada com controle de qualidade dos serviços realizados. Nenhuma irregularidade foi constatada”, finalizou o hospital.