Política

Governo intensifica negociações para programa social

Sem ter ainda uma resposta ao fim do auxílio emergencial, lideranças do governo e integrantes da equipe econômica intensificaram ontem as negociações com parlamentares para tentar colocar de pé ainda este ano uma solução para criar o novo programa social do governo, que precisará envolver medidas de corte de gastos.

A ideia é que proposta seja levada ainda esta semana ao presidente Jair Bolsonaro. Após a frustração pela ausência de grandes avanços na agenda fiscal com o fim do primeiro turno das eleições municipais, os principais articuladores tentam preparar o terreno para dar um sinal firme da direção das políticas na próxima semana, quando as eleições estarão de fato liquidadas com o fim do segundo turno.

Segundo apurou o Estadão/Broadcast, já há consenso para incluir no parecer do relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) emergencial, senador Márcio Bittar (MDB-AC), os “gatilhos” de contenção de despesas obrigatórias para manter a sustentabilidade do teto de gastos (que limita o avanço das despesas à inflação) e a previsão de corte em isenções e subsídios tributários – uma política que deve consumir R$ 307,9 bilhões no ano que vem, sem mudanças.

Nos gatilhos, o foco central está nos gastos com pessoal. Nos incentivos tributários, a proposta é fazer um corte de alcance geral, excetuando apenas o Simples Nacional (regime de tributação diferenciada para micro, pequenas e médias empresas) e os benefícios regionais. Por isso, o porcentual de corte das renúncias em outras áreas terá de ser um pouco maior, em torno de 20% a 25%.

Embora Bolsonaro tenha ameaçado dar “cartão vermelho” a qualquer integrante do governo que fale em congelar aposentadorias e pensões, a chamada “desindexação” (que desobriga a concessão de reajustes para manter o poder de compra) voltou à mesa de negociações com o Congresso. Como mostrou o Estadão, está em debate o congelamento de benefícios acima de um salário mínimo (hoje em R$ 1.045), medida que foi apelidada de “semidesindexação”, mas ainda não há consenso nem foi batido o martelo.

A retomada do debate das medidas de corte de gastos – interditado durante o período mais crítico das campanhas municipais – vem em meio à divisão entre governo e parlamentares sobre a necessidade de prorrogação da auxílio emergencial em 2021, em função não só da falta da solução para o novo programa social, mas também porque a pandemia tem dado sinais de recrudescimento. O ministro da Economia, Paulo Guedes, tenta barrar essa prorrogação e tem dito não ver ainda evidências de uma segunda onda da doença no Brasil.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Agência Estado

Recent Posts

Polícia identifica vítima de atropelamento na Rodovia do Contorno em Marília

Vítima foi arremessada para a pista do sentido contrário e teve a morte confirmada no…

6 horas ago

Marília reestrutura Serviço de Inspeção Municipal e reforça controle de alimentos em 2025

O SIM de Marília está reestruturado, fiscalizando toda a cadeia de produção animal. Segurança alimentar…

11 horas ago

Danilo da Saúde destaca que reforma da USF Parque dos Ipês garante cuidado mais eficiente

A 11ª obra entregue na Saúde, a USF Parque dos Ipês, foi totalmente reformada após…

11 horas ago

Governo atualiza regras do BPC e reforça exigência de revisão cadastral em 2025

Beneficiários devem manter cadastro atualizado e seguir notificações do INSS para evitar bloqueios (Foto: Divulgação)…

11 horas ago

Copa de 2026 tem grupos definidos e Brasil estreia em 13 de junho contra o Haiti

Definidos os grupos da Copa do Mundo 2026 nos EUA, México e Canadá. O torneio…

11 horas ago

Nebulização com larvicida reforça ações de combate ao aedes em Pompeia

Pompeia intensifica o combate ao Aedes aegypti (Foto: Divulgação) A Prefeitura de Pompeia iniciou a…

11 horas ago

This website uses cookies.