A limitação de comissões para empresários e no número de empréstimos de jogadores deve ser adotada pela Fifa na próxima temporada. A medida foi aprovada pelos seus comitês, mas ainda não tem data certa para começar a valer. No Brasil, a CBF conversará com agentes de atletas para explicar as mudanças e ouvir sugestões.
Com a medida aprovada pela Fifa, as comissões para empresários passam a ser de no máximo 10%, caso sejam pagas pelo clube vendedor, e de 3% quando paga pelo comprador. A restrição desagradou aos agentes.
Nesta segunda-feira, o presidente da Associação Brasileira de Agentes de Futebol (ABAF), Jorge Moraes, esteve acompanhado de outros empresários em reunião com o presidente da Câmara Nacional de Resolução de Disputas da CBF, Vitor Butruce. Na próxima semana haverá um novo encontro com o diretor de Registro e Transferência da entidade, Reynaldo Buzzoni.
“Ninguém vai querer fazer um negócio para ganhar 3%. Somos profissionais, assim como um advogado, que pode cobrar até 30% em um trabalho. Há comissões em outras profissões, é a lei do mercado. Não pode existir uma limitação disso”, questionou Jorge Moraes.
Por outro lado, o presidente da ABAF lembra que essa medida pode ajudar na fiscalização dos empresários. Atualmente, os agentes são registrados em suas respectivas confederações (ou seja, se é brasileiro, está vinculado à CBF). Com a nova lei, os empresários terão de ser registrados na Fifa, como acontecia até 2015.
Outro empresário ouvido pelo Estado, Marcelo Robalinho também criticou a medida da Fifa. “Limitar comissão é contra a liberdade econômica. No Brasil, pensamos em clubes como ‘bens públicos’, mas a grande maioria dos clubes no exterior são empresas. Assim, ao limitar o comissionamento, a Fifa está aumentando o lucro do dono do clube. Para limitar comissionamento, deveriam limitar honorários de advogados, valores de taxas de empréstimo bancário, salário de assessor de imprensa do clube e outros profissionais do clube”, afirmou.
A outra medida adotada pela Fifa é limitar o número de empréstimos internacionais. Um clube só poderá ceder até oito jogadores acima de 22 anos simultaneamente a times de outros países. A ideia é que o número caia para seis na temporada seguinte, em 2021/2022.
Para o presidente da ABAF, a medida afetará pouco o mercado. A mesma opinião tem Marcelo Robalinho, que cuida da carreira de diversos jogadores tanto no futebol brasileiro quanto na Europa. “O número de empréstimo limitado é uma tentativa de coibir o poderio econômico, pois os grandes clubes compram os talentos e depois os emprestam. Mas não vejo efetividade nessa medida porque os grandes clubes têm parceria com outros menores. Com a mudança, podem comprar esses clubes menores para registrar o jogador diretamente lá. Não contará como empréstimo, mas o clube maior terá o controle”, analisou.
Robalinho ainda vê outro ponto negativo com as mudanças implementadas pela Fifa. “A tendência da aplicação dessas medidas é menos dinheiro no mercado de futebol. O agente vai investir menos e os clubes grandes comprarão menos jogadores, deixando de emprestar para os menores a custo zero”, opinou.
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