Mauro Pereira da Silva Júnior e seu pai Mauro Pereira da Silva (Foto: Divulgação/Arquivo pessoal)
Mauro Pereira da Silva Júnior e o pai Mauro Pereira da Silva (Foto: Divulgação/Arquivo pessoal)
A família de Mauro Pereira da Silva Júnior, conhecido entre os amigos como Dino, ainda não se conforma com a morte ocorrida em novembro do ano passado, e pede que a justiça seja feita, com a prisão de todos os envolvidos. Até o momento, dois suspeitos de participação no homicídio foram presos e um segue foragido. Mauro foi baleado por tiro disparado da garupa de uma motocicleta.
O Marília Notícia conversou com Viviane Cristina da Silva Oliveira, irmã da vítima. Ela conta que Júnior era o caçula da família e o único homem, tendo três irmãs. A morte precoce e repentina chocou todos os familiares, que até hoje não admitem a forma como tudo aconteceu.
“Ele estava no lugar errado, na hora errada, com as pessoas erradas. Meu irmão não teve nada a ver com a briga que motivou os tiros e também não estava armado. Ele morreu inocente e isso deixou toda a família muito triste e inconformada. Corremos para o hospital assim que soubemos, mas não conseguimos vê-lo com vida”, lembra a irmã.
Segundo Viviane, toda a família sofre com a ausência de Júnior. Ela precisou correr atrás de todos os trâmites após a morte do irmão, devido aos problemas de saúde dos pais, que já são de idade.
“Para mim foi muito difícil, pois precisei correr atrás de tudo. O Júnior era muito próximo dos meus filhos e também dos outros sobrinhos. Arrumei uma casa para o meu irmão e ele estava trabalhando como pintor. Ele passava aqui em casa para tomar um café e dava conselhos para o meu filho mais velho. Agora, eu espero ele, mas ele não vai vir tomar café comigo, porque ele morreu por besteira”, lamenta Viviane.
A irmã de Júnior espera que a Justiça seja feita, com a prisão de todos os envolvidos no assassinato. Ela conta que os pais estão sofrendo muito desde o dia do crime. O pai, inclusive, sequer conseguiu ir ao velório.
“Meu pai já infartou várias vezes e não conseguiu ir ao velório. Eles eram vizinhos e todos os dias meu irmão passava para ver meu pai. Minha mãe também decaiu bastante desde aquele dia, pois na verdade, toda a família não consegue aceitar a forma como ele morreu. Ainda tem um rapaz solto e espero que consigam prendê-lo”, clama a irmã.
FORAGIDO
Permanece foragido Douglas de Oliveira Morais, vulgo Neno. Segundo a Polícia Civil, o homem é suspeito de envolvimento no assassinato, em crime ocorrido no bairro Chácara São Carlos, zona Oeste.
De acordo com a Delegacia de Investigações Gerais (DIG), o crime ocorreu no dia 23 de novembro do ano passado, por volta das 22h, entre as ruas Piratininga e Antônio Gimenez Castilho.
A vítima foi baleada por tiro disparado da garupa de uma motocicleta. A bala transfixou a perna esquerda de Dino, o que lhe causou intensa hemorragia.
Segundo a polícia, perto do local foram localizados estojos do calibre .40. Durante as investigações, os policiais teriam apurado que o autor do disparo que atingiu a vítima foi Marcos Vinicius da Silva de Souza, vulgo Marquinho.
Em seguida, chegaram outros homens a pé e também de motocicleta, sendo que um deles – identificado como Neno – efetuou outros disparos na direção de Dino [que já tinha sido baleado] e de outros dois rapazes que não foram atingidos.
Conforme a investigação, os disparos vieram da rua Piratininga, em direção à residência de um dos amigos de Dino, situada na rua Antônio Gimenez Castilho.
Ainda de acordo com a polícia, antes de acontecer o tiroteio, esse rapaz dono da casa havia se desentendido com Neno, em jogo de futebol ocorrido no bairro Cavallari. Ambos teriam entrado em vias de fato, com ameaças recíprocas.
A investigação apurou ainda que o rapaz deixou o local e foi se abrigar em casa e pediu auxílio a um outro amigo, quando os desafetos chegaram armados.
A polícia aponta no relatório que, para intimidá-los, a dupla que não foi atingida mostrou que estava armada. Contudo, os dois falaram para os policiais que se tratavam de armas falsas.
Quando o tiroteio começou, Dino estava ao lado da dupla, abrigado atrás de um portão feito de grade e material plástico do tipo PVC.
O disparo que tinha um dos rapazes como destino acabou acertando a perna esquerda de Dino. Sua principal artéria rompeu e lhe causou morte por hemorragia. O projétil não foi localizado ou resgatado no local.
A polícia já fez buscas na residência dos autores e demais envolvidos, inclusive na casa do suposto alvo. Toda a ação foi filmada por câmeras de segurança e obtidas pela Polícia Civil.
O relatório aponta que Neno confirmou ter sido autor de disparos, mas que não intencionava acertar a vítima ou qualquer pessoa. O homem teria dito que efetuou tiros para o alto. No entanto, segundo a polícia, as imagens revelam que acusado atirou várias vezes em direção à casa, e teria assumido o risco de acertar outras pessoas.
Antes de ter a prisão decretada, Neno já teria entregado um revólver calibre 22, que foi apreendido. De acordo com a polícia, esta não seria esta a arma que disparou o projétil que matou a vítima.
PRISÕES
Dois suspeitos de envolvimento no tiroteio com morte foram detidos no dia 30 de janeiro. Às 17h48, a Polícia Militar prendeu Pablo Dias Correa Chaves, de 23 anos, no Argollo Ferrão, zona Oeste.
Os policiais faziam patrulhamento pela rua Manoel Cândido Batista, quando um Fiat Uno cruzou com a viatura. No banco do passageiro estava o acusado, que a PM já tinha conhecimento de um mandado de prisão em aberto.
O veículo foi abordado e o homem encaminhado até a Central de Polícia Judiciária (CPJ). Ele seria recolhido a uma unidade prisional.
Às 18h05 do mesmo dia, a PM deteve Marcos Vinicius da Silva de Souza, o Marquinhos, de 22 anos, na rua Maria Cândida de Souza, também na zona Oeste.
Contra ele também constava mandado de prisão temporária pelo homicídio. O acusado foi levado à CPJ e seria encaminhado a uma unidade prisional. Apenas Neno permanece foragido.
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