É o truque mais velho na cartilha do branding – em crise extrema, mude o nome. Pois o Facebook acusou o golpe. Na semana que vem, segundo o site americano The Verge, a companhia deve mudar seu nome. As redes que controla continuarão como estão – o Instagram seguirá sendo Instagram, o WhatsApp também, o próprio Face continuará Facebook. A holding, porém, atenderá por outra palavra. A especulação é de que a companhia presidida por Mark Zuckerberg passará a atender por Horizon. Horizonte, em inglês.
O Facebook terá dificuldade de construir este argumento — afinal, compõe hoje quatro negócios. Dois são redes sociais, Face e Insta. O terceiro é quase uma rede, o WhatsApp. Só a Oculus, de realidade virtual, escapa ao campo. Mas é um negócio de nicho. Hoje, um negócio pequeno.
Segundo o The Verge, o Facebook explicará que mudar o nome da holding tem a ver com o metaverso. Venderá ao mundo a ideia de que é a companhia que transformará a internet num mundo em que virtual e real se confundem. No qual realidades virtual e aumentada se juntam para que tenhamos a sensação de compartilhar, com outras pessoas, o mesmo espaço ainda que estejamos em continentes distintos. Poderemos assistir a shows e fazer reuniões. De repente, até namorar.
Há um problema. O metaverso é um conceito fascinante, é um futuro possível para a internet, mas o metaverso não existe e não está próximo de existir. Os planos para a internet móvel 6G passam, justamente, pela capacidade de equipamentos e banda processarem e trafegarem informação o suficiente para permitir ambientes 3D em que convivemos uns com os outros mesmo que remotamente.
Ocorre que o 6G está programado para os primeiros anos da década de 2030. Falta muito tempo ainda. Aliás, pergunte a quem está aí na mesa ao lado o que é metaverso. Contam-se nos dedos quem sabe explicar. E, ainda assim, é tudo só em teoria, coisa de ficção científica.
Do ponto de vista de marketing, é um pesadelo. O Facebook anunciará ao mundo que, agora, é uma companhia que promove o metaverso. E rigorosamente nenhum de seus produtos pelos próximos anos oferecerá algo similar ao que o metaverso realmente é. Uma das cinco maiores companhias de tecnologia americanas vai fingir que está num negócio quando, em verdade, tem por clientes quase metade da humanidade noutro ramo.
Sem conseguir elaborar respostas para as acusações que recebe, o Facebook vai tentar fingir que o Facebook é um detalhe e só.
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