O ativista da causa animal Fábio Alves Cabral, mais conhecido como Fábio Protetor, se tornou alvo de investigação por suposta intolerância religiosa.
A denunciante, a aposentada Marilis Custódio de Lima Machado, de 53 anos, registrou Boletim de Ocorrência na Polícia Civil, em 15 de agosto, em que acusa Fábio de discriminação religiosa.
Segundo a mulher, uma pessoa da Secretaria Municipal de Direitos Humanos entrou em contato e disse que o ativista tinha postado um vídeo no Facebook, no dia 12 de agosto, em que alegava que pessoas tinham feito uma “macumba” em frente da chácara da ONG que o protetor é responsável.
A aposentada afirma que, no vídeo, Fábio desonra o candomblé e incita os internautas a irem contra a religião.
A mulher alega que isso lhe causou muito desconforto, assim como aos demais adeptos da crença.
No Boletim de Ocorrência, a autora da denúncia diz que Fábio chama os seguidores da religião de ordinários e que “se pegasse, ripa[va] neles”.
Um inquérito foi aberto na Polícia Civil. A denunciante prestou depoimento e apresentou o vídeo.
Além das informações prestadas anteriormente, a mulher ainda afirmou que nenhum integrante do terreiro que frequenta ou de outros que conheça foi responsável pela oferenda entregue na frente da chácara da ONG.
A aposentada relatou que muitas vezes as oferendas não são entregues por membros dos terreiros, mas sim por pessoas que buscam orientação na internet.
Fábio também foi ouvido na polícia e alegou ser umbandista há 20 anos, e disse ainda não ter preconceito algum com as religiões de matriz africana.
O protetor assumiu ter postado o vídeo, pois estava indignado devido ao fato de a sede da ONG amanhecer com duas galinhas com os pescoços cortados, e objetos que identificavam que tinham sido realizadas “macumbas” no local.
O acusado afirmou que sua indignação não é com a religião em si, pois também é frequentador, mas pelo fato de terem sacrificado aves em frente a uma ONG de proteção animal.
Fábio relatou ter xingado de ordinárias as pessoas que maltrataram as galinhas e não os frequentadores da religião, pois animais sofrem e sentem dor.
Além disso, segundo o protetor, a chácara fica em área urbana, sendo que pessoas e crianças passam pelo local, e poderiam ficar amedrontadas com o epsódio.
O vídeo foi anexado ao inquérito policial. Em um trecho, Fábio diz “olha, nossa ONG fica localizada ali, olha aqui o que fizeram essa noite aqui, pessoal. Macumba. A gente não é contra ninguém fazer macumba, e não sou contra, cada um tem seu livre arbítrio, mas vir aqui sacrificar os pobres dos animais? A galinha tá aqui com o pescoço cortado, a outra tá com o pescoço cortado, com as duas, duas, duas pernas cortadas. Olha, pessoal, que horror!”.
“Só que o macumbeiro, sem vergonha, esqueceu que eu tenho as câmeras e que elas são focadas pra cá. Eu vou
puxar as câmeras agora e vou divulgar a imagem. Eu não sou contra macumba, mas vai fazer em outro lugar, respeita os animais, isso aqui pra (sic) mim é um lixo. Uma pessoa que faz um negócio, um lixo, um lixo humano. Não sou contra macumba de ninguém, mas eu tô(sic) p* da vida”, fala em outra parte.
O inquérito foi encaminhado para o Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP). Veja abaixo o vídeo na íntegra:
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