Justiça inocenta ex-diretora da Famar por falta de provas

A 3ª Vara Federal de Marília decidiu parcialmente sobre a ação civil de improbidade administrativa e absolveu a ex-diretora da Fundação de Apoio à Faculdade de Medicina de Marília (Famar), Mércia Ilias, devido à falta de provas que a incriminassem no âmbito da Operação Esculápio.

No parecer encaminhado à Justiça, o Ministério Público Federal (MPF) havia solicitado o julgamento antecipado parcial do caso. No documento, a Procuradoria apontou pela improcedência do pedido (de condenação) em relação à Mércia pela falta dos indícios.

A fundamentação do pedido do MPF se baseou na ausência de evidências de participação consciente ou conhecimento dos supostos desvios de recursos públicos que supostamente teriam sido praticados na instituição.

Na decisão, o juiz federal Alexandre Sormani apontou paraa falta de compartilhamento de informações entre os diretores da Famar, o que contribuiu para a absolvição de Mércia.

Como se trata de uma decisão parcial em relação à operação, a determinação é de prosseguimento do processo em relação aos demais réus.

OPERAÇÃO ESCULÁPIO

A Operação Esculápio investigou contratos firmados entre a Famema e empresas prestadoras de serviço. Em 2019, a ação policial teve uma segunda fase, que teve como um dos alvos um escritório de contabilidade de Marília.

Entre os envolvidos estão professores e médicos da instituição de ensino e membros da cúpula do HC, na época das irregularidades. A operação apontou indícios de favorecimento a empresas ligadas a dirigentes e servidores do Complexo.

Na ocasião, a mesma autarquia responsável pela instituição de ensino (Famema) respondia também pela gestão dos serviços assistenciais (hospitais e ambulatórios).

O Marília Notícia entrou em contato com a superintendência do HCFamema por meio da assessoria de imprensa, mas até o fechamento desta edição, ainda não havia obtido o retorno.

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