University of Chicago professor Richard Thaler speaks during a news conference after winning the Nobel economics prize Monday, Oct. 9, 2017, in Chicago. Thaler won for documenting the way people’s behavior doesn’t conform to economic models. As one of the founders of behavioral economics, he has helped change the way economists look at the world. (AP Photo/Paul Beaty)
Richard H. Thaler recebeu o Prêmio Nobel de Economia pelas suas contribuições no campo da economia comportamental.
O professor Thaler, nascido em 1945 em East Orange, New Jersey (EUA), trabalha na Faculdade de Administração da Universidade Booth de Chicago. Segundo o comitê do Nobel ao anunciar o prêmio em Estocolmo, Thaler é pioneiro na aplicação da psicologia ao comportamento em economia e em explicar como as pessoas tomam decisões econômicas, às vezes, rejeitando a racionalidade.
Sua pesquisa, disse o comitê, levou o campo comportamental em economia, de um papel secundário para corrente principal da pesquisa acadêmica e mostrou que o fator tinha importantes implicações para a política econômica.
Thaler disse ontem que a premissa básica de suas teorias é a seguinte: “Para fazer uma boa análise em economia deve-se ter em mente que as pessoas são humanas”.
Quando lhe perguntaram como gastaria o dinheiro (cerca de US$ 1,1 milhão) do prêmio, respondeu: “Esta é uma pergunta bem divertida”. E acrescentou: “Tentarei gastá-lo da forma mais irracional possível.”
O prêmio de Economia foi criado em 1968 em memória de Alfred Nobel e é concedido pela Academia Real de Ciências da Suécia.
As linhas principais de estudos econômicos em grande parte do século 20 basearam-se na hipótese simplificada de que as pessoas se comportavam racionalmente. Os economistas entendiam que isso não era literalmente real, mas argumentaram que estava bem próximo disso.
O professor Thaler desempenhou um papel central ao se distanciar desse pressuposto. Ele não só defendeu que os seres humanos são irracionais, o que é algo óbvio, mas também de pouca ajuda. Em vez disso, ele mostrou que as pessoas saem da racionalidade de maneiras coerentes, portanto seu comportamento ainda pode ser antecipado.
O comitê do Nobel descreveu como a teoria de Thaler sobre “contabilidade mental” explica de que forma as pessoas simplificam as decisões financeiras, concentrando-se no impacto limitado de cada decisão e não no seu efeito mais geral. Ele também mostrou como a aversão a uma perda pode explicar por que as pessoas valorizam muito mais o mesmo item quando são proprietárias do que quando não o são, fenômeno chamado efeito de doação.
As teorias de Thaler explicam ainda por que as resoluções de ano-novo podem ser difíceis de se manter e analisam a tensão entre o planejamento de longo prazo e a ação no curto prazo.
Tentação
Sucumbir à tentação de curto prazo é uma razão importante pela qual muitas pessoas fracassam em seus planos de poupar para quando forem idosas, ou fazer escolhas de estilo de vida mais saudáveis, de acordo com a pesquisa de Thaler. Ele também demonstrou o quanto mudanças aparentemente pequenas na forma como os sistemas funcionam, ou como um “empurrãozinho” (“nudging”) – termo que ele inventou – pode ajudar as pessoas a exercer melhor autocontrole quando, por exemplo, estão economizando para a aposentadoria.
O professor Thaler teve uma rápida participação no filme A Grande Aposta, ao lado da atriz e cantora Selena Gomez, no qual ele usou a economia comportamental para ajudar a explicar as causas da crise financeira. Quando perguntaram a ele sobre sua “curta carreira em Hollywood”, brincou se dizendo desapontado pelo fato de suas façanhas como ator não terem sido mencionadas no resumo de suas realizações quando o prêmio foi anunciado.
Por que o trabalho de Thaler foi importante? Seu trabalho forçou os economistas a lidarem com as limitações da análise tradicional com base no pressuposto de que as pessoas são atores racionais.
Ele também tem sido excepcionalmente bem-sucedido ao influenciar diretamente políticas públicas.
Uma das contribuições mais importantes é a sua influência sobre a mudança dos planos de aposentadoria nos quais os funcionários se inscrevem automaticamente e nas apólices que oferecem aos funcionários a opção de aumentar as contribuições ao longo do tempo. Ambos refletem a visão de Thaler de que a inércia pode ser usada para moldar resultados benéficos sem impor limites à escolha humana. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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