Ex-policial militar Moroni Siqueira Rosa foi preso em flagrante após homicídio (Foto: Arquivo/MN)
O soldado da Polícia Militar de São Paulo Moroni Siqueira Rosa, de 38 anos, foi demitido da corporação nesta sexta-feira (26). A publicação foi feita no Diário Oficial do Estado, em portaria após a conclusão do Processo Administrativo Disciplinar, que apurou a conduta dele na morte do técnico agrícola Hamilton Olímpio Ribeiro Júnior, de 29 anos. O crime ocorreu em agosto de 2024, no Marília Rodeo Music.
Moroni foi acusado de cometer “atos atentatórios à instituição, ao Estado e aos direitos humanos fundamentais”. Para o relator do processo, ficou configurada transgressões disciplinares de natureza grave, conforme Regulamento Disciplinar da Polícia Militar.
Durante processo, o acusado foi ouvido e teve direito à defesa, que não conseguiu demonstrar condições mínimas para que a Polícia Militar o mantivesse nos quadros.
MORTE NO RODEIO
O homicídio ocorreu durante o show da cantora Lauana Prado, realizado em Lácio. Moroni, que estava de folga, se envolveu em uma discussão com Hamilton, que resultou em disparos de arma de fogo.
O técnico agrícola foi alvejado várias vezes – inclusive pelas costas – e não resistiu aos ferimentos. Outras duas pessoas também ficaram feridas.
Além da demissão, Moroni enfrenta um processo criminal por homicídio qualificado e tentativa de homicídio. Ele segue preso no presídio militar Romão Gomes, em São Paulo, desde a época do crime.
A Justiça de Marília decidiu que ele será submetido a júri popular, com base em sentença de pronúncia da 3ª Vara Criminal. O juiz Paulo Gustavo Ferrari afastou a tese de legítima defesa e reconheceu três qualificadoras no homicídio: motivo torpe, meio cruel ou com potencial ofensivo à coletividade (disparos na multidão) e uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
REPERCUSSÃO
A demissão já era esperada, já que a conduta do policial expôs a instituição e gerou grande comoção em Marília. Manifestações de indignação, pela violência envolvendo um policial militar de folga, gerou discussões sobre uso de bebida alcoólica pelo PM armado e a segurança no local do evento.
A família de Hamilton entrou com ação judicial contra o Estado de São Paulo e a Prefeitura de Marília, solicitando indenização por dano moral e pensão alimentícia para a filha menor da vítima.
Com a demissão – antes mesmo da sentença que ainda deve vir da Justiça -, a Polícia Militar espera reforçar valores e se apartar de qualquer contaminação que pudesse ser gerada pelo crime, cometido em horário de folga.
Na época, o caso já foi considerado grave e totalmente desprovido de qualquer justificativa pela corporação, que mantém protocolo autorizando uso de arma por PMs à paisana, inclusive em eventos e confraternizações, mas proíbe totalmente uso de bebida alcoólica nessas circunstâncias.
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