Após menos de três anos de operação, a fabricante de celulares Essential anunciou nesta quarta, 12, que encerrará as atividades. A companhia foi fundada por Andy Rubin, criador do sistema operacional Android, e chamou a atenção em 2017 por prometer um celular com boas especificações, um projeto de aparelho modular e uma experiência de Android ‘puro’.
“Tomamos a difícil decisão de encerrar as operações e fechar a Essential”, afirma a companhia em seu blog. Durante sua operação, a empresa comercializou um único produto, o Essential Phone. Na época parecia promissor: foi o primeiro celular com uma grande área dedicada ao painel, apostando apenas num pequeno entalhe para a região da câmera frontal. Prometia também um sistema modular, no qual acessórios como câmera e carregador eram acoplados magneticamente ao corpo do aparelho.
A empolgação durou pouco. No mesmo ano, a Apple lançou o iPhone X, que popularizou o entalhe entre diferentes fabricantes. E a empresa não conseguiu entregar mais do que dois módulos, uma câmera 360 graus e um adaptador para entrada de fones de ouvido – ambos com preço alto: US$ 150. O próprio preço do dispositivo não era muito convidativo: US$ 700. Some-se a isso, o fato de que a empresa nunca ter conseguido sair dos EUA, onde era comercializado por uma única operadora de celular.
Além das dificuldades comuns à indústria, Rubin foi o protagonista de um escândalo sexual na época do lançamento do Essential Phone. Uma reportagem do The Information mostrou que o executivo deixou o Google por causa de um relacionamento inadequado com uma subordinada. Na época, ela teria reportado a superiores que foi assediada, o que teria motivado um inquérito interno na empresa para investigar o caso. Em resposta ao caso, Rubin afirmou que os relacionamentos que teve durante seu tempo no Google foram consensuais e que não se envolveu com nenhuma pessoa na sua linha de comando.
No ano seguinte, o New York Times mostrou que o Google abafou casos de assédio do executivo e que decidiu pagar US$ 90 milhões pela recisão. Após a reportagem, o Google viu uma onda de protestos dos próprios funcionários quanto às atitudes da empresa em casos de assédio sexual. Acionistas da Alphabet, empresa controladora do Google, chegaram a entrar com processo contra o conselho de administração da empresa.
Com uma concorrência que se adaptou rapidamente e a imagem derretida, a Essential nunca conseguiu transformar em realidade algumas de suas promessas, como sistema operacional próprio e caixa de som conectada. Um sucessor do Essential Phone foi cancelado e as vendas do primeiro aparelho patinaram – foram apenas 90 mil unidades nos primeiros seis meses no mercado. Em outubro de 2019, a empresa revelou um novo projeto de celular, com design parecido com o de um controle remoto, mas agora a Essential diz que não tinha um projeto claro para ele.
No mesmo post, a Essential diz que não fará mais atualizações no sistema operacional e que o Newton Mail, plataforma de e-mails da companhia, será desativado. A Essential funcionará até 30 de abril.
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