Attendees sit in front of signage displayed during the Facebook F8 Developers Conference in San Francisco, California, U.S., on Tuesday, April 12, 2016. Facebook Inc. Chief Executive Officer Mark Zuckerberg outlined a 10-year plan to alter the way people interact with each other and the brands that keep advertising dollars rolling at the worlds largest social network. Photographer: Michael Short/Bloomberg
O Facebook entrou na terça-feira, 20, na mira de governos e agências regulatórias nos Estados Unidos e na Europa, três dias depois das revelações de que a empresa de inteligência Cambridge Analytica obteve, de forma ilícita, dados pessoais de 50 milhões de usuários da rede social. Isso permitiu que a empresa criasse ações de marketing digital para influenciar as eleições americanas que levaram Donald Trump à presidência e o referendo pré-Brexit, que decidiu pela separação do Reino Unido da União Europeia.
Nessa terça-feira, 20, o Parlamento britânico convocou o presidente do Facebook, Mark Zuckerberg, a prestar esclarecimentos. Do outro lado do Atlântico, a agência reguladora de comércio americana (FTC, na sigla em inglês), começou uma investigação sobre o assunto.
A repercussão também atingiu Wall Street: nos últimos dois dias, o Facebook chegou a perder US$ 60 bilhões em valor de mercado – encerrou o pregão de ontem valendo US$ 488,5 bilhões, ou US$ 49 bilhões a menos que no fechamento da bolsa Nasdaq na sexta-feira, 16. Zuckerberg, sozinho, perdeu US$ 7,3 bilhões de sua fortuna pessoal desde que as reportagens sobre o caso começaram a sair.
O principal temor no mercado é que o escândalo, revelado no último final de semana, degringole na regulamentação das atividades da empresa, baseadas na coleta, tratamento e uso de dados pessoais de seus 2,13 bilhões de usuários. Além disso, a empresa pode sofrer com multas bilionárias e sanções.
“É hora de ouvir um executivo sênior do Facebook com autoridade suficiente para dar uma explicação correta sobre essa falha catastrófica”, disse Damian Collins, presidente do comitê responsável por regular a área digital e de mídia no Parlamento britânico, na convocação enviada a Zuckerberg. Para o comissário Terrell McSweeney, da FTC americana, o episódio mostra que “os consumidores precisam de proteções mais fortes na era digital.”
Por enquanto, as reações da empresa têm ajudado a pôr mais lenha na fogueira. Na sexta-feira, 16, já ciente da publicação das matérias, a empresa suspendeu a Cambridge Analytica da rede social e ameaçou os jornais com processos antes da publicação das reportagens.
Além disso, Zuckerberg e sua número 2, a diretora de operações Sheryl Sandberg, não se pronunciaram publicamente sobre o assunto. “Conduzimos uma análise robusta para identificar potenciais violações”, disse o Facebook, em nota divulgada na segunda-feira, 26.
Iniciativa
Para os especialistas ouvidos pelo Estado, o Facebook ainda pode virar o jogo. “O Facebook está com a bola na mão para propor mudanças”, diz Carlos Affonso de Souza, diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro (ITS-Rio). “Com grandes poderes, vêm grandes responsabilidades: uma empresa desse tamanho precisa ter postura ativa com os dados dos usuários.”
Para o português Pedro Domingos, professor da Universidade de Washington e autor do livro O algoritmo mestre, o episódio reforça a má reputação da rede social no quesito privacidade. “É a maior crise de confiança do Facebook até aqui”, diz o pesquisador. Para ele, no entanto, o episódio não deve levar ao êxodo de usuários. “O público em geral não é muito consciente de sua privacidade.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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