O desempenho da economia no fim do ano passado levou os economistas a manter a previsão de crescimento de cerca de 3% neste ano. A partir de 2019, porém, as previsões são frágeis.
A incerteza com a recuperação tem como pano de fundo a dificuldade de se prever o perfil do candidato vencedor na eleição presidencial deste ano. Um presidente que siga com a agenda reformista do atual governo pode garantir uma média de crescimento de 3% no próximo mandato presidencial, de 2019 a 2022. Por outro lado, a vitória de um candidato de discurso radical pode levar a economia a enfrentar anos de estabilidade, com crescimento de 1%.
“O cenário eleitoral ainda é muito incerto. Há pouca certeza do que deve acontecer”, afirma o economista da consultoria GO Associados Luiz Castelli. “A questão fiscal se apresenta como um grande risco e pode causar um estresse no mercado.”
A atual equipe econômica conseguiu avançar em alguns pontos econômicos considerados fundamentais pelos agentes econômicos, mas não teve sucesso em contemplar toda a agenda fiscal. Nos últimos anos, o governo criou o teto de gastos e a Taxa de Longo Prazo (TLP) para substituir a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) e, assim, reduzir os subsídios do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A reforma da Previdência, no entanto, foi suspensa depois da intervenção no Rio de Janeiro e deve ficar para o próximo governo.
Atualmente, as projeções dos economistas têm como cenário básico o sucesso de um candidato reformista na eleição presidencial. No caso de vitória de um candidato antirreformista, todo o cenário teria de ser revisto. Haveria, segundo os analistas, um efeito negativo em cadeia. A percepção de risco com a economia brasileira aumentaria, o que levaria a uma desvalorização do real e, consequentemente, a um aumento da inflação e dos juros, limitando a capacidade de investimento e crescimento econômico.
Uma simulação feita pela consultoria Tendências deixa evidente como a economia se comportaria em cada um dos cenários. Se o cenário básico se confirmar, a inflação deve encerrar o ano que vem em 4,1%, a taxa básica de juros fica em 8% e o Produto Interno Bruto (PIB) sobe 3,2%. Numa projeção pessimista, a inflação subiria 7,9%, os juros iriam a 11,5% e o PIB avançaria 1,3%.
“As eleições estão em aberto, mas acreditamos que um candidato de centro-direita com uma agenda pró-mercado e reformista deve vencer. Até todo esse cenário se definir é provável que vejamos alguma volatilidade”, afirma a economista e sócia da Tendências Consultoria Integrada, Alessandra Ribeiro.
Na avaliação de Silvia Matos, pesquisadora do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), o cenário de incerteza já se traduz na lentidão dos investimentos diante da dificuldade das empresas de conseguir prever o futuro do País. Se houvesse mais clareza com o futuro político, a economia brasileira poderia crescer perto de 4% neste ano.
“Apesar de o mercado estar otimista com a vitória de um candidato reformista, há uma certa dificuldade para ter um crescimento muito forte do investimento”, afirma Silvia.
A avaliação da economista é que um processo eleitoral muito tumultuado só deve trazer impactos no último trimestre, mas com força suficiente para reduzir o crescimento deste ano. Num cenário de estresse, se o câmbio subir para R$ 3,6 e os juros chegarem a 9,5% no ano que vem, o PIB de 2018 cresceria 2,5%, um pouco menos do que a previsão atual de 2,8%. Em 2019, avançaria apenas 1,9%. A projeção é de 2,9%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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