Marília

Doce Futuro e Agrofloresta recuperam área degradada no Maracá

Área recuperada por voluntários (Foto: Divulgação)

Os projetos desenvolvidos em parceria com a Prefeitura de Marília plantaram cerca de 7.500 árvores nativas, recuperaram duas nascentes assoreadas, construíram um centro de educação ambiental e manejam abelhas nativas sem ferrão em meio a plantação de alimentos, garantindo a polinização das plantas, promovendo a segurança e a soberania alimentar.

Em julho de 2021, uma imensa área degradada pelas queimadas urbanas e descartes clandestinos de lixo prejudicava a saúde da população e causava desequilíbrio ambiental no bairro Maracá, zona Norte do município.

Cansados da situação, os ambientalistas Johnny Thiago Santana (meliponicultor), André Luis Lima e João Carlos Tramarim (agroflorestais) procuraram a Prefeitura de Marília, e, em conjunto com a Secretaria do Meio Ambiente e Limpeza Pública, mudaram a história do local.

Projeto restaura fauna e flora (Foto: Divulgação)

Nove meses depois, os resultados começam a aparecer. A vegetação verde protege duas nascentes desassoreadas por ambientalistas e animais silvestres como saguis, seriemas e tucanos surgem em meio à mata.

E todo esse trabalho está aberto para visitação monitorada de alunos das escolas de Marília e região, que aprendem sobre o manejo das colônias de abelhas nativas sem ferrão e sua importância para a polinização dos alimentos, e, ainda, caminham entre o plantio de grãos, raízes e legumes, que formam o projeto AgroFlorestal, criado para doação de alimentos a entidades assistenciais.

Vanderlei Dolce, secretário municipal do Meio Ambiente e Limpeza Pública, destaca o excelente trabalho realizado pelos ambientalistas e convida outros marilienses a participarem desta frente sustentável que está ocorrendo na cidade.

Crianças da rede municipal visitam espaço recuperado (Foto: Divulgação)

“Temos vários projetos em andamento pela cidade. Todos focados em promover a sustentabilidade, melhorando a qualidade de vida da população e cuidando do nosso meio ambiente. Esta área do bairro Maracá nos enche de orgulho, pois conseguimos trabalhar envolvendo à população local, e estes entenderam que descartes de lixo e queimadas prejudicam a si próprios e seus familiares.”, diz.

Segundo gestor da pasta, trata-se de uma área bem cuidada, que reflete em benefícios coletivos, dando uma qualidade de vida melhor aos moradores. “Assim, estamos propagando a educação ambiental de forma prática, permitindo a participação popular através da Gestão Participativa. Convidamos aqueles que desejarem melhorar o meio ambiente em seus bairros a nos procurarem, para que possamos, juntos, tornar Marília modelo em sustentabilidade em nosso Estado”, completa.

Área antes da recuperação (Foto: Divulgação)

João Carlos Tramarim lembra que 76% das plantas, incluindo os alimentos, dependem da polinização feita pelas abelhas e outros seres.

“Quando somamos os projetos Doce Futuro e Agrofloresta, melhoramos a qualidade da nossa produção, que é cultivada com sementes crioulas, ou seja, sem agrotóxicos e sem modificações genéticas. Estamos tentando resgatar o equilíbrio ambiental desta área, permitindo que ela se regenere da forma mais natural possível. Os resultados apresentados em tão pouco tempo nos têm motivado a agregar mais ações, onde destacamos uma parte da terra para a produção de uma horta urbana, cuidada pelo senhor Valdomiro Lima de Novaes.”

Área depois de ser recuperada (Foto: Divulgação)

Tamarim afirma que, agora, com apoio do gestor ambiental da Prefeitura, estão sendo iniciados os estudos para manejo de ervas e plantas da cultura popular, “que tragam benefícios quando ingeridos através de chás, como a erva cidreira, hortelã, camomila, erva doce, enfim, todas as espécies que pudermos introduzir neste espaço. Esperamos que nosso trabalho sirva de inspiração a outros marilienses, e estes, com a ajuda da Prefeitura, aproveitem as áreas ociosas em seus bairros, eliminando os descartes de lixos e queimadas, acabando com os escorpiões, o mosquito da dengue, e, principalmente, produzindo alimentos saudáveis para seus próprios consumos.”

Informações, sugestões ou colaborações podem ser feitas através do telefone (14) 3408-6700.

Carolina Rolta

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