Marília

Direito da Unimar realiza debate intenso sobre os dilemas éticos que cercam o desenvolvimento embrionário

Evento foi realizado na sala do júri da Unimar (Foto: Divulgação)

A sala do júri da Universidade de Marília (Unimar) foi o cenário de um debate intelectualmente estimulante e envolvente. Com o tema “Embriões como (não) destinatário de Direitos”, o evento reuniu acadêmicos do curso de Direito e profissionais de medicina para explorar os complexos dilemas éticos que cercam o desenvolvimento embrionário.

Segundo a coordenadora do curso de Direito da Unimar, Francis Marília Pádua, foi um rico debate interdisciplinar. “Nesse evento, tivemos o curso de Medicina e Direito participando de um debate tão rico, em que nossos alunos do primeiro ano aprenderam de forma diferenciada, uma vez que trouxemos o olhar científico e técnico sobre a proposta, para que, pela ótica jurídica, realizassem o debate. Tenho certeza que foi uma proposta que consolidou em muito aprendizado, porque eles conseguiram visualizar o problema por uma outra visão”, ressalta.

O debate foi uma proposta da docente do curso de Direito da Unimar, Daniela Marinho, que leciona na disciplina de introdução ao Direito Civil. Segundo ela, o debate resultou de todo trabalho desenvolvido em sala de aula. “Com a participação do Dr. Feres e da Dra. Bruna Talita compreendemos a perspectiva médica dos embriões e nós, do Direito, apresentamos a perspectiva jurídica. Foi muito interessante porque esse é o papel da graduação, a conciliação de conhecimento, e só uma Universidade pode oferecer aos alunos”, ressalta.

A docente destaca ainda a importância da atividade. “Nessa noite, os acadêmicos da Unimar foram privilegiados por contar com a presença dos doutores médicos dos professores da casa, mas também porque pela primeira vez os alunos dos primeiros termos do curso de Direito da Universidade defendem seus pontos de vista sobre um tema, ou seja, os nossos alunos estão sendo preparados para o mercado de trabalho, porque o Direito requer essa dinâmica de sustentação oral de debates”, destaca.

Cerimônia foi realizada para os acadêmicos (Foto: Divulgação)

A palestra inaugural foi ministrada pelo docente do curso de medicina da Unimar, o especialista em Fecundação In Vitro (FIV), Dr. Feres Abrão, ao lado da doutora Bruna Talita. Ambos explicaram sobre o método e os procedimentos tomados para o congelamento dos embriões.  

O médico e docente do curso da Unimar, doutor Feres, destacou a importância dessa integração entre os cursos, para lidar sobre esse tema tão importante. “A FIV é uma técnica revolucionária que tem possibilitado a realização do sonho da maternidade e da paternidade para muitos casais que enfrentam dificuldades reprodutivas. No entanto, essa avançada tecnologia traz consigo uma série de questões legais que devem ser consideradas. Nesta noite, tivemos a oportunidade de explorar o tema de forma aprofundada, trazendo à tona não apenas os aspectos médicos e científicos da FIV, mas também as implicações jurídicas que envolvem essa prática. É uma alegria poder integrar esses dois universos”, destaca.

Para a acadêmica do primeiro termo do Direito, Lívia Brianezi de Sales, a proposta desafiou a todos, mas foi enriquecedor. “A professora Daniela Marinho propôs essa dinâmica e todos achamos muito legal, porque desde o primeiro termo poder participar de debates e da organização dos eventos, nos ajuda a desenvolver habilidades como  a pró-atividade, eu acho muito bacana. Sem contar a integração, porque, mesmo que o nosso ramo não seja medicina, é sempre importante a gente compreender os temas”, conta.

Ao final do debate, os alunos da Etec Antonio Devisate foram os responsáveis por decidir se os embriões têm direitos legais ou não. Venceu o não. “O convite surgiu justamente para que eles possam presenciar essa proposta pedagógica do curso. A gente tem sempre feito convites para que eles participem conosco das atividades e vivenciem as nossas metodologias pedagógicas”, explica a coordenadora Francis.

A aluna do Etec Antonio Devisate, Keila de Cássia Barreto, estava maravilhada com a dinâmica. “Foi muito interessante, porque a gente aprendeu dos dois lados, tanto na parte da medicina, quanto no Direito. E como conhecimento nunca é demais, saiu daqui empolgada a buscar por novos aprendizados”, destacou.

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