Torneiras secas são comuns em Marília (Foto: Arquivo MN)
Durante a campanha eleitoral de 2016 o então candidato Daniel Alonso (PSDB) prometeu que, caso eleito prefeito, acabaria com a falta de água em Marília com um ano e meio de governo. O tempo pedido acaba de expirar e o problema parece longe de estar resolvido.
“Eu resolvo o problema da água tranquilamente. Em um ano e meio eu acabo definitivamente com o problema de água na cidade”, disse Alonso ao Marília Notícia em outubro de 2016.
Além de algumas regiões da cidade que sofrem diariamente com a situação, problemas pontuais são responsáveis por dificuldade na distribuição de água
São frequentes os comunicados oficiais do Departamento de Água e Esgoto de Marília (Daem) alertando a população sobre desabastecimentos por toda a cidade. A alegação quase sempre é de que está sendo feito algum tipo de manutenção.
Rompimentos de adutoras e reparos na rede elétrica pela CPFL que acabam prejudicando o funcionamento de bombas são justificativas que foram utilizadas recentemente.
No último dia 29 de junho, por exemplo, a autarquia avisou que parte das torneiras da zona Leste ficariam secas por conta de “um conserto na rede na região da Represa Cascata”.
A recepcionista Tauane Dandara Reis dos Santos, 22 anos, mora no Jardim Esplanada, na zona Sul de Marília, e conta que praticamente todos os dias tem dificuldade para “encontrar água da rua” nas torneiras de sua casa. Entre as complicações que o desabastecimento impõe está a impossibilidade de lavar roupa, diz ela.
A situação afeta a toda a vizinhança, de acordo com Tauane, e também se espalha por outras regiões da cidade, como conta Ariane Amaral, moradora da zona Norte.
De acordo com ela, o Santa Antonieta, um dos maiores bairros da região, também sofre com desabastecimentos cotidianos.
Esgoto
Outro problema que se arrasta e está relacionado ao saneamento básico envolve a estigmatizada “obra do século”. Daniel Alonso ainda não conseguiu tirar do papel a retomada do canteiro de obras paralisados há anos.
Recentemente, em meados de junho, o edital da licitação foi reaberto. No começo do ano uma primeira tentativa da atual administração já havia sido feita, mas o Tribunal de Contas da União apontou irregularidades e mandou o certame ser anulado.
A representação foi feita pelo desafeto político de Daniel, deputado estado Abelardo Camarinha (PSB), mas acatada pelo órgão fiscalizador.
Outro lado
Procurada para comentar sobre a promessa não cumprida de acabar com a falta de água na cidade em um ano e meio, a gestão Daniel Alonso enviou a seguinte nota:
“Desde o início da gestão tem trabalhado para combater a falta de água na cidade e que esses um ano e meio falados em campanha serviram para restruturação da autarquia, como a aquisição de motos, carros e caminhões, conserto de máquinas, concurso público para vários cargos e diversos acertos administrativos na autarquia.
No mesmo ano também foi aberto o processo licitatório para conclusão da obra do afastamento e tratamento de esgoto. Por problemas na licitação apontados pelo Tribunal de Contas, esse processo foi suspenso e reaberto na semana passada. Uma vez reiniciada, a obra deve ter a conclusão das estações de tratamento do Pombo e do Barbosa. Com isso, 70% do esgoto de Marília será tratado.
O próximo passo para zerar definitivamente a falta de água na cidade é um estudo e revisão do Plano Diretor para traçar estratégias de investimentos depois dessa restruturação”.
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