Bolinha de queijo de Vinícius custava quase o dobro da comprada por Daniel.
O atual prefeito de Marília, Daniel Alonso (PSDB), determinou abertura de sindicância para investigar supostos preços superfaturados na compra de salgadinhos na gestão anterior, do ex-prefeito Vinícius Camarinha (PSB).
A abertura da investigação foi publicada na edição deste sábado (17) no Diário Oficial do município, onde costa que a medida foi tomada após representação da Matra – Marília Transparente.
Um pregão de preço de 2017, para eventual “aquisição de salgados diversos e bolos, destinados à Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social”, desencadeou as suspeitas.
A justificativa publicada diz que “nos anos de 2015 e 2016, os mesmos produtos foram adquiridos pelo Município (…) por valores bem superiores, podendo ser considerados superfaturados”.
Além do suposto superfaturamento, o procedimento que será conduzido pela Comissão Permanente de Sindicância deve apurar “eventual responsabilidade funcional e prejuízo ao erário”.
A equipe do Marília Notícia encontrou no site da Prefeitura os registros de preços dos pregões citados na publicação do Diário Oficial e a diferença entre alguns preços por unidade fornecida pela mesma empresa são gritantes.
Em 2016, por exemplo, no governo Vinícius Camarinha, o preço da “bolinha de queijo já frita para coquetel”, da empresa Indústria de Alimentos 5 Estrelas Eireli – ME foi fixado em R$ 19.360,00 por 22 mil unidades. O preço unitário saiu por R$ 0,88.
Em 2015 as mesmas 22 mil unidades da bolinha de queijo custaram R$ 21.780,00 – ou R$ 0,99 a unidade.
Já no ano passado, no governo Daniel Alonso, o preço do mesmo produto fornecido pela mesma empresa foi fixado em R$ 4.900,00 por 10 mil unidades. O preço unitário saiu por R$ 0,49, ou seja, de um ano para o outro a bolinha de queijo frita ficou 44,3% mais barata, quase metade do preço.
Os preços e quantidades dos diversos itens adquiridos, tanto na administração de Vinícius quanto na de Daniel, podem ser checados no Portal da Transparência da Prefeitura [clique aqui]. Basta digitar os seguintes termos no campo de busca: ’50/2017′; ’17/2015′; e ’86/2016′ (referente as licitações).
Outro lado
Procurado pelo MN, o ex-prefeito Vinícius Camarinha negou irregularidades e atacou Daniel Alonso.
“O atual prefeito precisa parar de arrumar desculpas e esquecer de mim. Uma administração desastrosa que abandonou a cidade e o povo. Campeã em licitações direcionadas e superfaturadas. Deixei a prefeitura sem responder a nenhuma ação de improbidade. Todos meus atos foram de absolutamente respeito a legislação. Piada isso. Eles estão comparando preço de agora com o daquela época. Superfaturamento se apura com comparativos de preços de produtos na mesma época. O que não é o caso”, informou por meio de nota.
A reportagem entrou em contato também com a empresa envolvida. Leia abaixo o comunicado na íntegra.
“Estamos à disposição da corregedoria, do MP, da Matra, do prefeito atual, do ex-prefeito ou qualquer outro munícipe. A empresa é idônea, séria no que faz, e não tem qualquer envolvimento com qualquer administração, seja de Marília ou outra cidade. O fato nos entristece porque nós, fornecedores de Marília, geramos empregos na cidade. Mesmo fazendo o trabalho correto, fornecendo e ficando quase um ano sem receber, como ocorreu na administração passada, somos perseguidos seja nesta administração ou nas passadas.
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