Brasil e Mundo

Concursos públicos terão análise visual de cotistas negros

Candidatos em qualquer concurso público federal que se autodeclararem negros terão de passar obrigatoriamente por uma comissão visual para confirmar a etnia. O Ministério do Planejamento publicou nesta terça-feira, 10, uma portaria no Diário Oficial da União que define as diretrizes para a realização desse tipo de aferição, que passa a valer a partir de qualquer edital aberto agora.

A Portaria Normativa 4 regulamenta um procedimento chamado de heteroidentificação, que é a confirmação, por meio de uma banca, de que a autodeclaração do candidato negro é verdadeira, para evitar fraudes. As cotas raciais para concursos públicos são consideradas constitucionais pelo Supremo Tribunal Federal (STF) desde junho do ano passado, já com a possibilidade de adoção de critérios de identificação visual.

A norma prevê que essas bancas deverão ter cinco pessoas, além de suplentes, todas “de reputação ilibada, residentes no Brasil e que tenham participado de oficina sobre a temática da promoção da igualdade racial e do enfrentamento ao racismo”. Também é um critério que esses grupos sejam formados de maneira diversa, com homens, mulheres, brancos e negros. Os currículos dos membros da comissão deverão ser publicados na internet.

A portaria veta qualquer utilização de documentos ou fotos de família para comprovação da etnia. Será considerado somente o fenótipo (aparência) do candidato. A apresentação à comissão será gravada, de modo que, caso o candidato não concorde com o resultado, poderá apresentar recurso para que outra comissão, com três pessoas, avalie o vídeo.

O documento também prevê que os candidatos terão até o fim do período de inscrição do concurso para desistir de concorrer pelo sistema de reserva de vagas. Se for comprovado que o candidato não é negro, ele perderá a vaga, mesmo que tenha nota suficiente para ser aprovado por ampla concorrência. “Não vai acontecer mais de o candidato levar foto do avô ou bisavô”, diz o especialista em ações afirmativas Frei David Santos, da ONG Educafro.

Polêmica

Esse tipo de comissão começou a ser usado em algumas universidades federais do País, mas a ausência de uma regra geral criou uma série de críticas de especialistas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Agência Estado

Recent Posts

Região de Marília tem 3,32 médicos para cada mil habitantes

DRS de Marília reúne 3.766 médicos para atender uma população estimada em 1,1 milhão (Foto:…

5 horas ago

Estado de São Paulo confirma segundo caso de sarampo em 2025

O Estado de São Paulo registrou o segundo caso de sarampo este ano. Segundo a Secretaria…

5 horas ago

Super Férias do Sesi volta em janeiro com quatro semanas intensas de atividades

Tradicional programa Super Férias do Sesi Marília está de volta (Foto: Divulgação) O tradicional programa…

5 horas ago

Baixa pontuação faz Marília perder certificação ambiental estadual

Marília ficou mal posicionada em ranking ambiental paulista (Foto: Arquivo/Marília Notícia) O resultado do Ranking…

6 horas ago

Danilo da Saúde pede que USF Aeroporto seja incluída no programa de reformas

Presidente da Câmara de Marília, Danilo da Saúde, protocolou e teve aprovado por unanimidade o…

6 horas ago

Vinicius sanciona lei para pagar adicional a agentes de saúde e endemias

O prefeito de Marília, Vinicius Camarinha (PSDB), sancionou a lei que autoriza o pagamento de…

6 horas ago

This website uses cookies.