Marília

Comércio tenta sobreviver com vendas online no Dia das Mães

Rosas para marcar o Dia das Mães; floricultura faz trabalho de formiguinha para tentar sobreviver (Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação)

A segunda melhor data para o comércio se aproxima à sombra da pandemia do novo coronavírus. Por trás das portas, em lojas fechadas, muita gente segue trabalhando para atender a demanda por presentes no Dia das Mães, que não deixou de existir.

Mas esse trabalho, agora acontece de forma muito diferente. É nas redes sociais e aplicativos de mensagens, como o WhatsApp, que o varejo tradicional desafia (em desvantagem) a forte concorrência com as lojas já que nasceram na internet.

Há 33 anos no comércio de flores, Maria Aparecida Dantas Silva nunca imaginou viver um Dia das Mães como este. Ela conta que uma de suas armas tem sido o vínculo construído ao longo do tempo com a clientela.

Aparecida trabalha há 33 anos com flores e tem no Dia das Mães a principal data do ano (Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação)

Muito antes do marketplace de aplicativos, e-commerce e webstores, Aparecida já se virava para vender no mercado municipal. Ela também tem seu banco de dados bem organizado e aposta em uma caderneta de anotações, onde guarda os contatos dos clientes.

“Estamos ligando, mandando mensagem, oferecendo o serviço. Algumas pessoas também estão ligando, mas a maioria das vendas é resultado da nossa busca”, relata.

Para não ficar para trás, a floricultura intensificou o uso das redes sociais. Cada produto finalizado é cuidadosamente fotografado e exposto na web, em busca de curtidas, compartilhamentos e indicações.

Aparecida destaca o valor das parcerias, em momentos difíceis como este. A loja é referência para uma empresa de São Paulo, que atende pessoas que desejam mandar flores, mas estão longe de Marília.

Questionada sobre a expectativa, ela admite. “Não dá para ter (projeção). Se vender metade do que vendeu no ano passado, já posso comemorar”, afirma.

Com que roupa?

O setor de confecções e calçados é um dos que mais vendem às vésperas do Dia das Mães. Também com portas fechadas, diversas lojas de Marília trabalham para suprir a demanda de filhos, que não querem deixar a data passar em branco.

Modelo para divulgação de loja de confecções em Marília; comunicação na internet exige investimentos mais elevados (Divulgação)

A empresária Lucineia Cristina Banhara já tinha uma loja online. Mas é o endereço físico que responde por quase totalidade dos negócios. Ela conta que está trabalhando muito mais, para, pelo menos, honrar o compromisso com os funcionários.

“Colocamos alguns produtos na plataforma da Associação Comercial e estamos na internet. Fazemos delivery, mas o nosso setor tem uma dependência muito grande do cliente estar na loja, de provar o produto. O calçado, por exemplo, a pessoa quer sentir se ficou confortável”, comenta.

Sobretudo na moda, para determinados fatias do mercado consumidor, sucesso na internet depende de encantar o cliente com modelos, atualizações constantes e imagens de alto padrão. É possível e a empresa está nesse caminho, mas para tudo há um custo e a pandemia não esperou.

“Percebi a importância do e-commerce, mas acabei adiando um pouco e mantive o foco na loja física. Hoje, essa decisão tem um impacto para nós. Mas ninguém poderia imaginar que aconteceria algo como essa pandemia”, afirma.

Pode levar anos para que as perdas neste Dia das Mães, em meio ao isolamento social, sejam superadas no varejo. A Associação Comercial e Industrial de Marília (Acim) não informou projeções. Além de lançar a loja virtual, a entidade tem aconselhado os comerciantes a investirem no marketing digital.

O Esmeralda Shopping foi outro empreendimento que lançou um marketplace, com diversas opções de compra online [clique aqui].

O grupo lojista – e sua maioria representante do varejo tradicional – também tem tentando medidas judicias para o relaxamento da quarentena, com cautelas sanitárias. No mês passado, liminar em mandado de segurança foi negado pela Justiça.

Carlos Rodrigues

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