Marília

Codemar tem contas de 2015 julgadas irregulares por auditor

As contas de 2015 da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Marília (Codemar) foram julgadas irregulares pelo auditor Alexandre Manir Figueiredo Sarquis, do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP).

Entre os motivos está o não pagamento de dívidas que ultrapassam R$ 3 milhões com a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).

A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado na semana passada e no período analisado pelo órgão fiscalizador o responsável pela gestão era Rogério Alexandre da Graça, nomeado pelo então prefeito Vinicius Camarinha (PSB).

A lista de problemas apontadas pelo TCE é longa, envolve também resultados contábeis e financeiros negativos em 28,6%, descumprimento da ordem cronológica, cargos em comissão em desconformidade com a legislação e atraso em rescisões trabalhistas.

Outras irregularidades envolvem ausência de recolhimento de encargos sociais e não atendimento às recomendações do órgão fiscalizador. Também não teriam sido feito esforços para recebimento de dívidas.

“Entendo que, apesar do comprometimento de saneamento econômico-financeiro iniciado pela Codemar, as contas do exercício de 2015 encontram-se eivadas de máculas graves o suficiente para o seu total comprometimento”, afirmou o auditor.

Pelo terceiro ano consecutivo a empresa experimentou um déficit orçamentário, aponta o membro do TCE, “correspondente a R$ 1.892.245,15, levando ao aumento da situação desfavorável do Patrimônio Líquido”.

“Os índices de liquidez evidenciam a extrema dificuldade da Companhia em saldar seus compromissos, se traduzindo num elevado e progressivo quociente de endividamento”, falou.

Outro lado

A defesa da Codemar alegou no processo do TCE que encara dificuldades financeiras por conta de “gestões anteriores” e se comprometeu a regularizar os problemas apontados e atender as recomendações do órgão fiscalizador.

O então responsável pela empresa, Rogério da Graça, alegou que não foi “notificado pessoalmente e não possuía advogado constituído nos autos”. A reportagem não conseguiu contato com ele. O espaço está aberto para manifestação.

Leonardo Moreno

Leonardo Moreno é jornalista e atualmente cursa Ciências Sociais. Vê o jornalismo de dados como uma importante ferramenta para contar histórias, analisar a sociedade e investigar o poder público e seus agentes.

Recent Posts

Parceria entre Unimar e Prefeitura leva IA à formação de professores

Formação ofereceu conceitos, ferramentas e estratégias para docentes da rede pública (Foto: Divulgação) A Universidade…

4 horas ago

Atletas de Marília são eleitas entre as melhores do handebol paulista em 2025

Bárbara Mendes e Lorrayne Katarina são destaques da equipe adulta (Foto: Divulgação) Duas atletas do…

4 horas ago

Mostra 2025 do projeto Teatro da Cidade terá seis dias de espetáculos em Marília

Apresentações terão entrada solidária, mediante a doação de 1 kg de alimento não perecível (Foto:…

4 horas ago

Bosque passa por intervenção para evitar acidentes e reforçar conservação

Ação ocorre para garantir a segurança dos visitantes (Foto: Divulgação) A Secretaria Municipal do Meio…

4 horas ago

Defesa de ex-PM acusado de morte no rodeio de Marília recorre ao STJ

Moroni Siqueira Rosa, ex-PM acusado de homicídio (Reprodução: Redes Sociais) A defesa do ex-soldado da…

4 horas ago

Destruição na Fazenda do Estado gera multa à moradora, após derrubada de árvores nativas

Corte de árvores nativas não teve nenhuma autorização de órgão competente (Foto: Divulgação/PMSP) A Polícia…

4 horas ago

This website uses cookies.