Marília

Candidatos de Marília se movem na janela partidária para eleições

Veja quem sai e quem fica nos partidos, quem preferiu se afastar da política e quem planeja voltar à Câmara e à Alesp (Arte: Marília Notícia)

O anúncio da migração do deputado Vinicius Camarinha do PSB (de Márcio França) para o PSDB do governador João Doria, do pré-candidato ao governo paulista Rodrigo Garcia e do prefeito Daniel Alonso aconteceu na última semana da chamada janela partidária. É quando os políticos com mandatos legislativos podem mudar de sigla, sem o risco de perda do cargo por infidelidade partidária.

Mas a movimentação do período – entre 3 de março e 1º de abril – não se restringe aos políticos com cargos eletivos. Ex-candidatos que pretendem disputar o pleito deste ano também podem aproveitar a reta final para costurar novas alianças.

Partidos ainda tentam atrair pessoas com potencial de votos, ou ainda, que possam ajudar os líderes partidários a fortalecerem as próximas bancadas.

O Marília Notícia resgata alguns candidatos com domicílio eleitoral em Marília e mostra como o xadrez político segue em movimento a cinco dias do fim do prazo para filiações.

Dani Alonso faz parte da Executiva Nacional do PL e tem percorrido país em eventos da sigla (Foto: Arquivo Pessoal)

DANI ALONSO

Caso da empresária Dani Alonso (PL), que teve 24.962 votos em 2018, é diferente da maioria que busca nova acomodação. Ela é pré-candidata à Assembleia Legislativa e deve se manter na sigla que, aliás, foi fortalecida nos últimos meses, após a chegada do presidente Jair Bolsonaro.

Dani fará “dobradinha” com o deputado federal Capitão Augusto (PL), que busca reeleição. O policial militar de Ourinhos (distante 94 quilômetros de Marília) se tornou um dos principais interlocutores no Congresso Nacional, com trânsito no Palácio do Planalto e ministérios.

JULIANO DA CAMPESTRE

O empresário e radialista Marcos Juliano, popular Juliano da Campestre, já confirmou mudança de partido. É a terceira troca em quatro anos. Agora, ele está integrado às fileiras do Patriota, uma sigla conservadora e religiosa de direita, antes chamada de Partido Ecológico Nacional (PEN).

Há quatro anos, o radialista concorreu ao cargo de deputado federal pelo Solidariedade, partido do líder sindical Paulinho da Força. O resultado nas urnas foi o melhor já conquistado por ele – teve 15.905 votos.

Juliano com Ovasco Resende, presidente nacional do Patriota, seu novo partido (Foto: Arquivo Pessoal)

Na disputa para a Prefeitura, em 2020, angariou apenas 8.464 votos, em uma eleição polarizada entre o prefeito Daniel Alonso e o ex-chefe do Executivo Abelardo Camarinha (Podemos), que concorreu inelegível.

A chegada de Juliano no Patriota está associada à outra migração: a do deputado estadual Sargento Neri, que é nascido em Lins, criado em Vera Cruz (distante cerca de 20 quilômetros) e com votos pulverizados por todo o Estado.

MARCOS FARTO

O policial militar da reserva, que teve 11.823 votos em 2018 para deputado estadual pelo PSL (atual União Brasil), é um dos candidatos de Marília que deve disputar eleições por nova sigla. Ele planeja tentar uma vaga na Assembleia Legislativa.

A migração já foi confirmada, mas Farto ainda não revela a legenda. “Tive proposta até de partido de esquerda, que agradeci respeitosamente às pessoas que me fizeram esse convite, mas prontamente recusei. Estou entre duas possibilidades, dentro do espectro da direita, que é onde me identifico”, disse ao MN.

Marcos Farto foi candidato em 2018 e articulador de campanha à Prefeitura, em 2020 (Foto: Redes Sociais)

Farto fez sua primeira campanha na esteira do bolsonarismo. Em 2020, nas eleições municipais, ele tentou articular uma candidatura viável do partido à Prefeitura, mas o grupo – do qual fizeram parte o administrador de empresa Marcos Kohlmann e a empresária Regiane Melos – não teve sucesso.

Mesmo assim, com o saldo do movimento bolsonarista, que [antes dos pactos com o Centrão] ainda envolvia grande número de policiais e discurso anticorrupção, o grupo acabou elegendo o agente federal Junior Féfin à Câmara Municipal.

NAYARA E PSOL

A enfermeira Nayara Mazini, candidata à prefeita em Marília pelo Psol no pleito de 2020, já descarta candidatura nestas eleições. “Preciso dar conta do doutorado, crianças, casa…”, contou ao MN a servidora estadual, que teve 5.498 votos em sua estreia na vida pública.

Nayara, enfermeira e ativista do acesso à terapia cannábica, declinou da candidatura à deputada (Foto: Rede Social)

O presidente da sigla de esquerda, advogado Luís Andre Lisque, afirmou que o partido deve focar em fortalecer nomes já conhecidos no Estado. Ele não descartou, porém, a presença de um mariliense em candidatura para “mandato coletivo”.

Nessa modalidade para exercício do cargo, o eleito (reconhecido pela Justiça Eleitoral) se compromete a dividir o poder com um grupo de cidadãos, em pacto firmado desde a campanha.

SÉRGIO NECHAR

O médico e ex-deputado Sérgio Nechar anunciou que pretende deixar o PSB – no qual teve 1.147 votos para o cargo de vereador, em 2020 – para se filiar ao Pros. Ele é pré-candidato a deputado federal em 2022, cargo que ocupou entre 2007 e 2011.

Médico é pré-candidato a federal e deve se lançar pelo Pros (Foto: Divulgação)

Ele já foi candidato à Alesp. Em 2018 teve 17.286 votos. “Não deveria [tem pleiteado o cargo estadual] porque as minhas principais realizações foi como deputado federal”, disse ao MN.

TERUYA E JUVENAL

Antigo quadro do Partido dos Trabalhadores (PT), o professor aposentado Juvenal Aguiar deve ser confirmado candidato a deputado federal. A legenda de Lula, ao menos na cidade, não projeta entrada de nenhum novo filiado que possa receber status de pré-candidato.

Conforme Juvenal – que não concorreu em 2018 -, o partido ainda vai se reunir, mas tende a indicar o professor aposentado Mário Teruya para concorrer à Assembleia Legislativa. O petista foi candidato a deputado federal em 2018 e teve 983 votos.

WALTER IHOSHI

O ex-deputado federal Walter Ihoshi, que tem reduto eleitoral em Marília, é um dos principais nomes do PSD no Estado. Ele é pré-candidato natural na legenda de Gilberto Kassab – sem nenhuma necessidade de movimentação partidária.

Segundo correligionários da cidade, Ihoshi é nome forte para o Congresso Nacional, embora não tenha alcançado o cargo em 2018.

Ex-deputado, Ihoshi tem domicílio eleitoral em Marília e é pré-candidato (Foto: Divulgação)

DAMASCENO E FERNANDES

O delegado Wilson Damasceno (PSDB), secretário municipal de Direitos Humanos da gestão Daniel Alonso, afirmou que está “focado na secretaria” e não pensa em nenhuma candidatura. Ele concorreu a deputado estadual nas últimas eleições e teve 9.152 votos.

Quem também declara falta de interesse em candidatura é o professor universitário Marcelo Fernandes (3.646 votos). Mas ele vai aproveitar os últimos dias do prazo para filiação para trocar de partido. O docente da Universidade Estadual Paulista (Unesp) vai deixar o PRTB e seguir o aliado político Marcos Juliano, no Patriota.

Damasceno está entre os candidatos de 2018 que já anunciaram não ter intenção de concorrer (Foto: Divulgação)

Já Fábio Alves Cabral, o Fábio Protetor, é mais um candidato de 2018 que declara distância do pleito deste ano. “Estou fora. Só vou apoiar”, disse o ativista, que recebeu votos de 902 eleitores.

Ao menos por Marília, a esquerda não contará com o servidor municipal Marcos Aurélio dos Santos, o Marquito (PC do B), que concorreu a deputado estadual e teve 511 votos.

ESPAÇO ABERTO

Não foram localizados ou não responderam ao Marília Notícia, os candidatos [de 2018] Rossana Camacho (PSD), Alessandra Berriel (PPS), José Luiz Queiroz (PSDB), Nildo Leite e Barba Pintor (Psol). O espaço segue aberto à manifestações.

Carlos Rodrigues

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