Marina Ruy Barbosa estrela campanha de papel higiênico preto. (Foto: Divulgação)
A campanha publicitária do papel higiênico preto Personal Vip Black, fabricado pela empresa Santher, foi acusada de racismo. Nas redes sociais, a marca foi acusada de se apropriar do slogan ‘Black is Beautiful’ (preto é lindo), usado pelo movimento negro americano desde a década de 1960.
O comercial do Personal Vip Black é estrelado pela atriz Marina Ruy Barbosa, que é ruiva. O fato de uma mulher branca protagonizar a campanha também foi questionado nas redes sociais.
Um dos críticos da campanha foi o escritor Anderson França, o Dinho. Em postagem nas redes sociais, ele afirma que ‘se você digitar “black is beautiful” em qualquer lugar do mundo encontrará referências a Angela Davis, Malcolm X, O Partido Panteras Negras para Autodefesa, Fela Kuti, James Baldwin, Nina Simone’.
“Mas, no Brasil, se você digitar #blackisbeautiful você vai encontrar papel de bunda. […] Aquilo que você usa pra se limpar de excremento, e em seguida elimina, tomado de nojo e aversão. Aquilo que tem apenas uma função: limpar fezes e secar urina de suas carnes, e ir para o lixo. Se isso não é uma demonstração explícita de racismo e humilhação étnica, criminosa, eu perdi alguma aula.”
O Coletivo Sistema Negro também criticou a utilização do slogan negro na campanha da Personal. “Quando nós negros criamos uma frase (Black is Beautiful) é para empoderar e viabilizar nossa existência, dado que nossas vidas valem menos no cotidiano de uma sociedade racista… Não é e nunca será para vender papel higiênico!”
A luta contra a discriminação racial nos Estados Unidos, em meados do século passado, envolveu diversas manifestações públicas contra a segregação dos negros, muitas delas reprimidas com violência pelas forças policiais. Um dos casos mais emblemáticos foi o de Rosa Parks, que em 1º de dezembro de 1955 se recusou a sair do assento em que estava, destinado a brancos, em um ônibus na cidade de Montgomery, Alabama. Rosa foi detida, e o fato gerou uma onda de protestos que culminaram com a revogação da segregação em transportes públicos.
Na década de 1960, artistas, intelectuais e outras personalidades demonstravam o orgulho de ser negro e da sua cultura como forma de combater a discriminação. O slogan desse sentimento, parte do movimento “Black Power”, era “Black is Beautiful”, que foi inspirado na obra do poeta negro Langston Hughes.
Outro lado
Após a repercussão negativa, a empresa retirou o slogan da campanha publicitária.
Procurada, a agência responsável pela campanha, a Neogama, disse que se pronunciará mais tarde. A Santher, dona da marca Personal, não retornou o contato até o momento.
Fonte: MSN
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