A Câmara de Marília recebeu, na tarde desta segunda-feira (26), um pedido assinado por seis vereadores para a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para investigar gastos da Prefeitura de Marília durante a pandemia da Covid-19.
Com a adesão dos seis parlamentares – bastaria um terço dos edis – a Comissão está quase instalada. “O requerimento para instalação de CPI será colocado na pauta da próxima sessão e, caso as assinaturas sejam mantidas – mínimo de cinco -, a CPI é instalada e os membros são indicados pela presidência”, esclarece o presidente da Câmara, Marcos Rezende (PSD).
Desta forma, é concedido prazo de cinco dias úteis para nomeação de três integrantes, presidente, relator e membro.
Como objeto, a solicitação busca uma investigação quanto aos “gastos e possíveis omissões praticadas pelo Poder Executivo do município de Marília, no combate e prevenção ao novo coronavírus, das verbas estaduais e federais auferidas até o ano de 2020”.
O documento, encabeçado pelo vereador Elio Ajeka (PP), tem a assinatura de mais cinco parlamentares. A decisão teria sido tomada na sexta-feira (24), antes de o município prestar esclarecimentos, o que ocorreu ontem.
A gestão municipal entende que o momento é especialmente inoportuno para a CPI, já que seria necessário dividir as atenções entre a gestão de crise da rede pública de saúde, em colapso, com os prazos e procedimentos da investigação.
Aderiram ao pedido de apuração os vereadores Eduardo Nascimento (PSDB), Rogério Alexandre da Graça (PP), Danilo Bigeschi (PSB), Júnior Féfin (PSL) e Vânia Ramos (Republicanos).
Ivan Negão (PSB) também tem o nome impresso no documento, porém, não assinou antes que o pedido fosse protocolado. O parlamentar apresentou atestado médico e não participou dos trabalhos legislativos de ontem.
“Agradecemos o secretário (Cássio Luiz Pinto Junior), aos representantes da prefeitura, de terem estado conosco em audiência, prestando esclarecimentos, mas desejamos tirar dúvidas porque, afinal, são recursos públicos”, disse a vereadora Vânia.
Os parlamentares, em especial os integrantes da comissão de acompanhamento da pandemia no Legislativo, vinham cobrando a resposta de requerimentos protocolados junto à Secretaria Municipal da Saúde. O grupo apontou descaso e demora na prestação de informações.
A pasta, por sua vez, alegou demora em função da “priorização dos servidores ao atendimento à população”, ou seja, a urgência de atuar primeiro nas ações que pudessem salvar vidas.
Ao Marília Notícia, o vereador Elio Ajeka, presidente da comissão e autor do requerimento, explica que o pedido de instauração de CPI é resultado de uma reunião do grupo.
“Protocolamos o requerimento dia 26 de março, solicitando vários questionamentos para o Executivo e ao secretário da Saúde. Na semana passada, por razão de não termos respostas após quase 30 dias – sendo que o prazo era de 5 dias – a comissão achou conveniente entrar com outras formas de questionamentos. Foi, então, que a comissão sugeriu a abertura de uma CPI”, diz.
Ainda de acordo com o parlamentar, o grupo não se enquadra em situação, nem oposição. “Somos uma comissão que compactua com a verdade dos fatos. Investigar é nossa função, para que tenhamos transparência dos gastos e atos, para que a população tenha as informações corretas referentes ao enfrentamento da Covid-19. Não queremos atacar, nem mesmo acusar. Porém, estamos extremamente preocupados com tantos entes queridos que estamos perdendo, e a população nos pede ajuda”, destaca.
Ajeka diz que chegou a conversar com o Poder Executivo. “Tanto que, antes dessa decisão, explicamos a situação ao prefeito. Ele nos entendeu. Inclusive, será possível um esclarecimento melhor à população. Assim como em Ourinhos (distante 95 quilômetros de Marília), pontuamos que o prefeito pediu aos vereadores da base que fizessem uma CPI”, pontua.
Se instalada, a CPI vai ter prazo de 180 dias – prorrogáveis por igual período, se necessário – para ser concluída.
ERRATA
Diferente do divulgado anteriormente pelo MN, a CPI da Covid ainda não foi instalada pela Câmara Municipal. Resta o pedido de abertura ser lido no plenário da Casa.
A investigação somente deve ser instaurada se forem mantidas todas as assinaturas dos vereadores até a leitura, o que ocorre na próxima sessão ordinária, na segunda-feira (3).
Um jovem de 29 anos afirma ter sido vítima de sequestro relâmpago no bairro Jardim…
Um homem de 48 anos foi preso em flagrante por embriaguez ao volante na noite…
O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) publicou a sentença do júri…
Ver essa foto no Instagram Um post compartilhado por Marília Notícia (@marilianoticia)
Documento orienta ações e investimentos nas áreas públicas pelos próximos anos (Foto: Joe Arruda/Marília Notícia)…
Ver essa foto no Instagram Um post compartilhado por Marília Notícia (@marilianoticia)
This website uses cookies.