Idosos realizam atividades físicas em Marília (Foto: Divulgação)
Aos 74 anos, Heloísa Maria Mendes Ramos é presença frequente nas aulas de atividade física oferecidas em Marília. Com alongamentos, caminhadas e muito agachamento, ela garante a autonomia e disposição que, segundo ela mesma, faltam a muitos da sua idade. “Graças aos exercícios, não tenho dor no pé nem no braço. A gente fica disposta”, conta. “E ainda tem a alegria de estar aqui com essa turma animada e professoras excelentes.”
A aposentada, que há 15 anos mantém uma rotina regular de atividades, é símbolo de um novo cenário que se consolida na cidade: Marília está envelhecendo — e rápido.
Dados do Censo Demográfico 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que a população idosa cresce a passos largos, enquanto o número de crianças encolhe ano após ano.
Em 2000, pessoas com 60 anos ou mais representavam 10,47% dos moradores da cidade. Hoje, esse percentual chegou a 18,87%, somando 44.835 idosos. Em números absolutos, o grupo mais do que dobrou em pouco mais de duas décadas.
Já entre as crianças de zero a 14 anos, a tendência é inversa. Em 2000, elas representavam 25,12% da população.
No Censo mais recente, a proporção caiu para 17,88%, mesmo com números absolutos quase estáveis — de 49.581 para 42.481. A base da pirâmide etária encolhe, enquanto o topo se alarga.
Essa mudança, de acordo com especialistas, exige que Marília adapte suas políticas públicas para acompanhar a nova realidade: uma cidade que envelhece e demanda atenção específica em saúde, mobilidade, previdência e lazer.
A enfermeira Bruna Moraes Oliveira, coordenadora do Espaço Viver Bem da Unimed, considera o envelhecimento uma conquista social — mas que traz desafios. “Viver mais é um avanço, mas viver bem é o verdadeiro desafio. Envelhecer é um privilégio, e manter a qualidade de vida com autonomia e equilíbrio é o maior obstáculo”, afirma.
Ela destaca que o cuidado com o corpo e a mente deve começar cedo. “Cada pequena escolha feita hoje é um passo importante para um futuro mais saudável e pleno.”
Enquanto isso, a decisão de ter menos filhos se torna cada vez mais comum. A influencer Janaína Honjoya, mãe de Sofie, de seis anos, decidiu parar no primeiro. “A vida é corrida. A gente trabalha, quer oferecer o melhor para os filhos… então um está perfeito. E ainda tem a incerteza sobre o futuro”, relata.
A fotógrafa Gracy Santos, mãe de Artur, de 10 anos, pensa da mesma forma. “Ele me pediu um irmão, mas já conversei com ele. Hoje em dia está bem complicado ter mais de um filho”, diz.
A combinação entre queda na taxa de natalidade e aumento da longevidade está reformulando o perfil social de Marília. E personagens como Heloísa, com disposição e otimismo, mostram que envelhecer pode significar viver mais — e melhor.
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