Brazilian President Jair Bolsonaro attends the launching of the Brazilian Waters Program in celebration of International Water Day at Planalto Palace in Brasilia, on March 22, 2021. (Photo by EVARISTO SA / AFP)
O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta sexta-feira, 16, que pretende tomar a vacina da covid-19 “por último”. A declaração foi feita a apoiadores que o esperavam em frente ao Palácio da Alvorada. Crítico da vacina – tendo declarado anteriormente que não pretendia receber o imunizante – o presidente justificou a decisão pelo fato de haver “muita gente apavorada” esperando pela vacina.
“O que acontece, tem muita gente apavorada aí aguardando a vacina, então deixa as pessoas tomarem na minha frente. Vou tomar por último. Eu acho que essa é uma atitude louvável. Porque tem gente que não sai de casa, está apavorado dentro de casa”, disse Bolsonaro. Aos simpatizantes, o presidente chegou a se queixar que a imprensa teria criticado a sua decisão de se vacinar por último. “Em vez da imprensa me elogiar, me critica”, citou.
Conforme o Estadão/Broadcast mostrou, com 66 anos de idade, Bolsonaro está apto a receber a vacina no Distrito Federal desde o dia 3 de abril, mas optou por não se vacinar. Um dos argumentos do presidente para não receber o imunizante é o fato de já ter contraído o vírus em julho do ano passado. No entanto, casos de reinfecção têm sido registrados no País, além de novas variantes do vírus.
A resistência do presidente também decorre da sua desconfiança da eficácia dos imunizantes. Além de desestimular medidas para conter o contágio pelo vírus ao longo de toda a pandemia, Bolsonaro também, por diversas vezes, colocou em dúvida a segurança das vacinas, mesmo após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar o uso de imunizações no País.
Segundo dados do consórcio de veículos de imprensa, 12,17% da população já foram vacinados com a primeira dose. O País, contudo, avança em ritmo lento na imunização e acumula desde o início da pandemia mais de 369 mil mortes pelo novo coronavírus
Com a alta nos casos e mortes registrada desde o mês passado, o presidente e o governo ajustarem o discurso quanto à vacinação. O chefe do Executivo e aliados passaram a defender a imunização para a retomada da economia. Agora, o governo tenta compensar o atraso nas negociações das vacinas e seus insumos. O Ministério da Saúde também não tem atualizado os cronogramas de entregas das vacinas, depois de críticas por recuos nas previsões de doses que chegariam a cada mês ao Brasil.
Ontem, após o apelo de governadores que se reuniram ontem com representantes da Organização das Nações Unidas (ONU), a instituição anunciou a antecipação da entrega de doses ao Brasil Nesta manhã, o Ministério da Saúde informou que o governo brasileiro deve receber 4 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca contra a covid-19 em maio, fruto do consórcio Covax Facility.
Segundo a pasta, os imunizantes serão adquiridos via Fundo Rotatório da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS). O primeiro lote da Covax Facility foi entregue em março com pouco mais de 1 milhão de doses da AstraZeneca/Oxford, produzidas na Coreia do Sul pelo laboratório SK Bioscience.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, também informou na quarta-feira, 14, que a farmacêutica Pfizer deve antecipar o envio de cerca de dois milhões de doses ao Brasil no primeiro semestre. A previsão de entrega até junho desta vacina é de 15,5 milhões de doses. No total, o governo contratou 100 milhões de doses da Pfizer após meses de negativas a ofertas da empresa. Bolsonaro alega não ter aceitado as ofertas da empresa no ano passado porque o imunizante ainda não tinha a aprovação da Anvisa.
O atraso na aquisição dos imunizantes pelo governo, bem como a falta de insumos e medicamentos estão na mira da CPI da covid-19 no Senado, criada nesta semana após determinação do Supremo Tribunal Federal. O colegiado deverá investigar as ações e omissões do governo federal durante a crise sanitária e os repasses de recursos a Estados e municípios.
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