Delegacia de Defesa da Mulher investiga casos de estupro em Marília (Foto: Alcyr Netto/Marília Notícia)
Uma denúncia registrada na Polícia Civil esta semana envolve um médico psiquiatra que atende em uma clínica no bairro Salgado Filho, na zona oeste de Marília. O caso trata de uma suposta importunação sexual durante atendimento e foi relatado ao Marília Notícia pela própria paciente, que também formalizou a ocorrência junto às autoridades.
A denunciante, uma profissional da área da saúde, de 35 anos, aceitou relatar o episódio sob condição de anonimato. Segundo ela, os fatos ocorreram durante uma segunda consulta com o psiquiatra. Ao entrar na sala, foi recebida com um abraço. Em seguida, permaneceu por cerca de 50 minutos na poltrona do consultório, sendo ouvida pelo médico, que manteve a prescrição de medicamentos e recomendou retorno em 40 dias.
De acordo com a paciente, o episódio de maior desconforto ocorreu ao final da consulta. Ela relata que, na despedida, o médico teria se levantado e a abraçado novamente, pressionando o corpo contra o dela. “Me segurou e beijou o meu pescoço, depois a minha boca. Me soltei e saí da sala, mas estava sem reação. Fiquei sem acreditar no que tinha acontecido”, afirmou.
A paciente também relatou que, durante o momento em que se sentiu imobilizada, o médico teria dito que ela estava “muito cheirosa”. Segundo ela, a fala causou desconforto e reforçou a impressão de teor sexual inadequado no comportamento do profissional.
Ainda conforme o relato, a consulta havia sido recomendada por sua psicóloga e por um clínico geral, em razão de um momento de fragilidade emocional. Após o episódio, a paciente afirma ter desenvolvido bloqueios para continuar o acompanhamento psiquiátrico e busca agora um novo profissional por meio de seu plano de saúde.
“Procurei ajuda em um momento de vulnerabilidade e fui surpreendida por um comportamento que considero inadequado, de teor sexual, vindo de um profissional da saúde. É inaceitável”, disse a mulher.
A paciente afirmou ainda ter relatado o ocorrido a amigas e, nessa ocasião, teria tomado conhecimento de ao menos outras três mulheres que disseram ter passado por situações semelhantes com o mesmo médico. Essas informações não foram confirmadas oficialmente pela reportagem até a publicação deste conteúdo.
O caso foi encaminhado à Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Marília. O médico deverá ser intimado a prestar esclarecimentos.
O que diz a lei
A importunação sexual é tipificada no artigo 215-A do Código Penal. A pena prevista é de um a cinco anos de reclusão, podendo ser agravada em situações que envolvam vítimas em condição de vulnerabilidade ou em caso de reincidência.
Outro lado
Procurado pelo Marília Notícia, o médico negou as acusações.
“Não são verdadeiras as informações. Além de infundadas, no boletim de ocorrência não há provas do que foi dito. São falas levianas, em conluio de duas pessoas. Desconheço absolutamente a motivação disso. Não tenho a menor ideia do motivo pelo qual fizeram isso”, declarou.
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