Polícia

Autônomo é preso por posse irregular de arma de fogo após denúncia de disparo

Arma estava sob um telhado e dono já havia ido para cama, segundo a PM (Foto: PM-SP)

Um homem de 53 anos foi preso em flagrante por posse irregular de arma de fogo na madrugada desta sexta-feira (20), no bairro Alcides Mattiuzzo, zona norte de Marília. A prisão ocorreu após denúncia de disparo de arma e suspeita de violência doméstica em uma residência anexa a um bar. A esposa do suspeito, no entanto, negou que tenha ocorrido qualquer crime.

A Polícia Militar foi acionada por volta da 1h40, após uma ligação ao 190 relatar disparo de arma de fogo durante uma briga entre um casal.

No endereço indicado, os policiais constataram uma marca de tiro na porta de um banheiro social, visível da via pública. Ao tentarem contato com os moradores da casa, não obtiveram resposta. Diante da suspeita de crime grave e com o portão apenas encostado, os PMs decidiram entrar no imóvel.

Dentro da residência, encontraram uma mulher que informou que o companheiro estava dormindo. Ele foi localizado no quarto e negou ter feito disparos ou possuir arma de fogo. No entanto, durante uma varredura no local, os policiais encontraram uma cápsula deflagrada com sinais de disparo recente, próxima a um sofá.

Em busca mais detalhada, um revólver calibre .38 — sem numeração aparente — foi localizado sobre o telhado da casa. A arma também apresentava indícios de uso recente e foi apreendida.

As versões apresentadas pelo casal não convenceram os policiais. A mulher negou que tenha sofrido agressão ou que o companheiro tenha feito disparos, afirmando que houve apenas uma discussão, seguida de reconciliação. Já o homem disse não saber do que se tratava a denúncia e alegou estar dormindo no momento da abordagem.

Sem elementos que caracterizassem violência doméstica, o delegado de plantão não enquadrou o caso como crime contra a mulher, mas decretou a prisão do suspeito com base na posse ilegal da arma e nos indícios de disparo.

Foi arbitrada fiança no valor de R$ 1,5 mil, que não foi paga. O autônomo permanece preso e será submetido à audiência de custódia.

Carlos Rodrigues

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