A Associação Canábica Maria Flor, de Marília, teve sua conta oficial no Instagram retirada do ar neste final de semana, logo após manifestar apoio público à Associação Santa Gaia, de Lins, que foi alvo de uma operação da Polícia Civil na última quinta-feira (16).
Em nota, a Maria Flor classificou a exclusão do perfil como “não coincidente”, afirmando que outras associações de cannabis medicinal que se solidarizaram com a Santa Gaia também enfrentam o mesmo tipo de bloqueio nas redes sociais.
“Assim como está acontecendo com outras associações que se manifestaram em apoio, nossa página foi derrubada. Estamos criando o perfil reserva @vemsermariaflor_ para continuar compartilhando informações, atualizações e notícias importantes sobre nosso trabalho até recuperarmos nossa conta oficial”, declarou a instituição.
A Maria Flor é uma das entidades que atuam legalmente na produção, pesquisa e fornecimento de derivados de cannabis para uso medicinal. A associação, que tem sede em Marília, atende pacientes com doenças crônicas, neurológicas e degenerativas, e possui processos judiciais que respaldam suas atividades.
Operação policial
O bloqueio da página ocorreu no mesmo contexto em que a Polícia Civil apreendeu, em Lins, 466 pés de maconha, 96 mudas e uma arma de fogo em uma associação de Lins que declara cultivar a planta exclusivamente para fins medicinais. Um homem de 37 anos foi preso em flagrante.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o caso foi registrado como fabricação e tráfico de drogas, além de falsificação e adulteração de produtos terapêuticos ou medicinais.
A entidade, identificada como Associação Santa Gaia, declarou em suas redes sociais ter sido surpreendida pela operação e afirmou possuir dois processos em andamento — um habeas corpus e uma ação cível — que reconhecem sua atividade.
Em comunicado, a Santa Gaia disse que a apreensão “representa um grave descompasso de informações entre a Justiça Estadual, a Polícia Civil e a própria Justiça Federal”, e destacou que o trabalho da instituição atende mais de 9 mil pacientes em todo o país, entre eles crianças, idosos e pessoas com doenças graves como epilepsia, Parkinson e Alzheimer.
Após a operação, diversas organizações ligadas à cannabis medicinal, incluindo a Maria Flor, assinaram um manifesto conjunto classificando a ação como “descabida” e “desinformada”.
“Punir quem salva vidas é uma violação à ciência, à ética e à dignidade humana. Exigimos esclarecimento imediato, devolução dos bens apreendidos e respeito ao direito de cuidar”, afirma o texto divulgado pelas associações.
O grupo também criticou a repressão às entidades que atuam com autorização judicial e destacou que o governo federal está em fase de ampliação do diálogo sobre a regulamentação da cannabis medicinal, envolvendo universidades, comunidades indígenas e quilombolas.
A Associação Maria Flor afirmou que seguirá atuando na defesa da liberdade terapêutica e na luta contra o estigma que ainda cerca o uso medicinal da planta.
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