Há sete anos, Benedito tem compromisso três vezes por semana com equipamento vital (Foto: Assessoria de Imprensa/Santa Casa de Marília)
A cada 100 mil pessoas que vivem no Estado de São Paulo, pelo menos 30 precisam de um transplante renal para continuar a viver. Em Marília, a média é de 70 pessoas na angustiante espera de um telefonema, com o tão desejado convite para os exames de compatibilidade e cirurgia.
No Dia Mundial do Rim, celebrado em 10 de março, um alento para quem sofre. No próximo dia 21 a Santa Casa de Marília, referência regional no procedimento, deve retomar os transplantes renais. A interrupção completou dois anos e só favoreceu o aumento da fila.
Na região de Marília, que compreende 62 municípios da Direção Regional de Saúde (DRS-IX) e população estimada em 1,1 milhão de pessoas, pelo menos 330 moradores aguardam pela cirurgia. É a maior fila, entre todos os órgãos possíveis de serem transplantados.
Os números são projeções estatísticas com base nos dados da Associação Brasileira de Transplantes (ABTO), que acaba de divulgar a edição 2021 do Registro Brasileiro de Transplante, um anuário que traz série de informações e dados sobre o tema, por Estados.
Marília, como um dos centros especializados do interior paulista, fez o primeiro transplante de rim em 1982. Em 40 anos, nunca havia paralisado o serviço.
José Cícero Guilhen faz transplantes renais há 40 anos em Marília (Foto: Assessoria de Imprensa/Santa Casa de Marília)
RETOMADA
A volta das cirurgias foi confirmada pelo médico José Cícero Guilhen, um dos pioneiros do procedimento médico no Estado. Ele explicou ao Marília Notícia que o rim deverá ser captado de doador falecido.
“Não é um transplante eletivo (agendado), mas é a data a partir de quando podermos retomar, ficando sob a dependência da doação. O órgão será ofertado de acordo com protocolo de distribuição da Secretaria de Estado da Saúde”, disse.
Independente das cirurgias, a Santa Casa manteve o atendimento em Terapia Renal Substitutiva, ou hemodiálise. É quando as funções do rim são assumidas por uma máquina, que realiza a “filtragem do sangue” do paciente.
Atualmente, mais de 40% dos atendimentos de hemodiálise e diálise peritoneal para quem mora na região da DRS IX – Marília são feitos na Santa Casa local. O hospital faz uma média de 2.700 sessões por mês. Pelo menos 90% são feitas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
É o caso do caminhoneiro Benedito Carlos Barreto, de 64 anos, morador de Oscar Bressane. Ele tinha problemas com hipertensão e após constatar a disfunção dos dois rins, teve que iniciar o tratamento na Santa Casa de Marília.
São sete anos de uma vida próxima ao equipamento vital. “São três vezes por semana. Até brinco que minha namorada é a máquina de hemodiálise. Tinha hipertensão arterial severa e hoje preciso controlar o consumo de sal, evitar alguns alimentos e ingerir outros em pequena quantidade. Com a hemodiálise mantenho uma boa qualidade de vida”, relatou o caminhoneiro, em entrevista ao serviço de comunicação do hospital.
Os resultados do Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica (Enamed) 2025 e da 1ª…
As retiradas em contas de poupança ao longo de novembro de 2025 superaram em R$…
Para 3,1 milhões de moradores de favelas brasileiras, a chegada de uma ambulância na porta…
Moroni Siqueira Rosa, ex-PM acusado de homicídio (Reprodução: Redes Sociais) A defesa do ex-soldado da…
Dois homens armados invadiram uma casa na tarde desta quinta-feira (4), no bairro Maracá III,…
Um homem de 26 anos foi preso em flagrante na tarde desta quinta-feira (4) após…
This website uses cookies.