Brasil e Mundo

Abcam diz haver grupo de intervencionistas que está fazendo greve

A Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) estima que ainda falta desmobilizar cerca de 30% dos motoristas que seguem parados nas estradas, universo que representaria cerca de 250 mil caminhões. O dado foi divulgado pelo presidente da entidade, José da Fonseca Lopes, que acredita que o processo de normalização deve estar mais “bem encaminhado” nesta terça-feira, 29. Fonseca denunciou que esse processo de normalização está sendo dificultado por manifestantes considerados “intervencionistas” que têm bloqueado a saída de caminhões e feito ameaças violentas aos motoristas.

O presidente da entidade disse em entrevista coletiva que o grupo mais resistente que segue bloqueando trechos de rodovias “não é mais de caminhoneiros”. “Tem um grupo muito forte de intervencionistas que está fazendo greve. Estão prendendo caminhões e estão tentando derrubar o governo”, disse o presidente da entidade que assinou o segundo acordo com o governo na noite do domingo. O presidente da entidade disse que ameaças violentas são feitas para que caminhoneiros mantenham o protesto. “Não mostram arma, mas estão levantando a camisa”, disse.

Foram registrados relatos desse tipo de ameaça em pontos como a Vila Carioca, na zona sul de São Paulo, local onde há distribuidoras de combustíveis de várias empresas. O mesmo comportamento foi relatado por motoristas ameaçados nos arredores das montadoras em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. “O governo deve fazer alguma coisa”, disse.

Lopes afirmou entender que parte dos caminhoneiros esteja insatisfeita com o governo Michel Temer. “O governo não é bom? Como cidadão, eu posso concordar. Mas como profissional jamais posso misturar as estações”, disse. Para Fonseca, esses grupos têm usado os caminhoneiros como “bode expiatório”. “Quem quer derrubar o governo, que monte um movimento para isso e não use o nome da Abcam. Não queremos incendiar o País, mas é o que muita gente está querendo”, disse o presidente da entidade.

O movimento foi identificado desde o fim da noite de domingo após a assinatura do acordo que reduzirá o preço do combustível em 46 centavos. “Infelizmente, encontramos essa parte que não imaginávamos”, disse, ao citar que foram até identificados manifestantes ligados a partidos políticos. “Estou levantando nomes e vou dar na mão do governo”, citou, sem dar detalhes.

Agência Estado

Recent Posts

Resultados do Enamed e do Revalida serão divulgados na próxima semana

Os resultados do Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica (Enamed) 2025 e da 1ª…

11 horas ago

Saques na poupança superam depósitos em R$ 2,85 bilhões em novembro

As retiradas em contas de poupança ao longo de novembro de 2025 superaram em R$…

12 horas ago

Quase 20% da população de favelas vivem em vias onde não passam carros

Para 3,1 milhões de moradores de favelas brasileiras, a chegada de uma ambulância na porta…

12 horas ago

Defesa de ex-PM acusado de morte no rodeio de Marília recorre ao STJ

Moroni Siqueira Rosa, ex-PM acusado de homicídio (Reprodução: Redes Sociais) A defesa do ex-soldado da…

13 horas ago

Dupla armada invade casa, rende irmãos e foge com R$ 10 mil e relógio na zona norte

Dois homens armados invadiram uma casa na tarde desta quinta-feira (4), no bairro Maracá III,…

14 horas ago

Homem em situação de rua bate no rosto e rouba pedestre no Centro de Marília

Um homem de 26 anos foi preso em flagrante na tarde desta quinta-feira (4) após…

14 horas ago

This website uses cookies.