Eduardo Cunha não é o meu malvado favorito, ainda
Ontem, o então deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi cassado pela Câmara dos Deputados pela massacrante votação de 450 votos a favor de sua cassação contra apenas 10 votos contras e 9 abstenções.
Quem acessou as redes sociais logo após a votação, que ocorreu por volta da meia-noite, constatou o êxtase dos internautas pelo resultado.
Vamos lembrar que durante o processo de impeachment Cunha virou o “malvado favorito” daqueles que queriam o impeachment da ex-presidente.
Digo, Cunha não é meu malvado favorito, ainda. Meu malvado favorito ainda é Frank Underwood, da série exclusiva do Netflix, “House of Cards”. Explico.
Frank é um exímio manipulador de colegas políticos e empresários, e navega pelo sistema político e judiciário americano como ninguém. Tal qual como Cunha.
A diferença é que com Underwood eu tenho “acesso” às salas, escritórios e cantos de estação de metro onde ocorrem grande parte das suas maldades em nome do poder político. Obrigado internet e minisséries.
Neste ponto, Cunha e Underwood não possuem quase nada em comum.
Com Cunha, eu ainda não tenho acesso àquilo que aconteceu e foi conversado nos lugares onde suas falcatruas e artimanhas tomaram lugar. Por enquanto…
Ontem, Cunha afirmou que esta escrevendo um livro para contar todas as conversas que teve durante o processo de impeachment. Assim, espero ansioso por meu lugar privilegiado de espectador destes históricos acontecimentos nacionais. Cunha inclusive abriu o balcão de negócios às editoras para que ofereçam publicar seu livro.
Ah! Cunha! O lobo perde o mandato mas não perde o vício de negociar em prol de seus interesses particulares. Não vejo a hora de ler o livro daquele que pode se tornar o meu mais novo malvado favorito.